China e FAO assinam acordo de cooperação de US$ 50 milhões
Roma, 7 jun (EFE).- A China assinou neste domingo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) um acordo no valor de US$ 50 milhões para a cooperação na troca de conhecimentos para a agricultura sustentável entre países em desenvolvimento.
Em comunicado, a FAO destacou que a nova contribuição ao fundo fiduciário de cooperação Sul-Sul permitirá o intercâmbio de especialistas agrícolas da China com regiões de baixa renda e déficit de alimentos da Ásia Central, das ilhas do Pacífico, da África e da América Latina durante cinco anos.
O diretor-geral da agência da ONU, o brasileiro José Graziano da Silva, disse hoje durante a assinatura do acordo que “é decisivo que os países do Sul se prestem apoio recíproco mediante a troca de conhecimentos e ferramentas”.
“Estamos prontos para melhorar nossa cooperação com a FAO, o que beneficiará não só o desenvolvimento agrícola e o progresso rumo aos objetivos de combater a fome, mas também as pessoas pobre e famintas de todo o mundo”, afirmou o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang, no ato.
Segundo números da ONU, a China conseguiu que 138 milhões de seus habitantes deixassem de passar fome desde 1990 e alcançou o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade a proporção de sua população desnutrida antes deste ano.
Desde que se estabeleceu a iniciativa de cooperação Sul-Sul da FAO em 1996, o país asiático – que forneceu inicialmente US$ 30 milhões em 2008 – já enviou 1.023 especialistas e técnicos a 25 países.
A FAO inaugurou ontem sua conferência anual com a presença de representantes de 194 países e, durante a cerimônia, Graziano foi reeleito como diretor-geral para um segundo mandato. EFE
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