China mantém detidos uigures repatriados da Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2015 12h19
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Pequim, 5 ago (EFE).- Muitos dos 109 uigures, minoria de religião muçulmana de Xinjiang, no noroeste da China, que foram repatriados da Tailândia em 9 de julho quando tentavam viajar ao Oriente Médio para, supostamente, se unir a grupos jihadistas, permanecem detidos.

De acordo com o jornal oficial “Global Times”, um número indeterminado permanece em uma delegacia de Urumqi, capital dessa região noroeste chinesa.

Alguns deles disseram ontem ao jornal oficial “Xinjiang Daily” ter vendido suas propriedades para ir à Turquia, desde onde entrariam no Iraque e na Síria para se juntarem a grupos como o Estado Islâmico (EI), através da ajuda de mediadores.

Pequim defende que membros desta etnia minoritária estão vinculados a movimentos jihadistas do Oriente Médio, e, através do Movimento do Turquestão Oriental buscam a independência de Xinjiang, o que comunidades uigures no exílio desmentem.

Elas argumentam que os enfrentamentos que ocorrem em Xinjiang entre os uigures e a etnia han, a majoritária na China, se devem à discriminação que sofrem e à opressão a sua religião e sua cultura.

Entre outras medidas, as autoridades chinesas proibiram os uigures de jejuar durante o Ramadã, o que alguns interpretaram como um ataque a suas crenças religiosas. EFE

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