Cientistas estudam “terremotos silenciosos” na Nova Zelândia

  • Por Agencia EFE
  • 11/05/2014 23h51
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Sydney (Austrália), 12 mai (EFE).- Uma equipe de sismólogos estudará os chamados “terremotos silenciosos” na fossa de Hikurangi, uma região de subducção situada em frente à ilha do Norte da Nova Zelândia e que se acredita que seja capaz de gerar tremores de 9 graus de intensidade, informou nesta segunda-feira a imprensa locais.

Durante as próximas duas semanas os cientistas colocarão cerca de 30 instrumentos de medição sísmica procedentes do Japão e dos Estados Unidos para estudar durante um ano a atividade nesta área situada na baía Poverty, publicou o jornal “New Zealand Herald”.

O projeto representa a maior instalação de instrumentos no leito marinho na Nova Zelândia para estudar os eventos assísmicos lentos ou “terremotos silenciosos” nos quais os deslocamentos não causam estrondos e acontecem, ao contrário de um terremoto convencional, em um período de horas, semanas ou meses.

Os instrumentos fornecerão maior informação sobre os tremores e tsunamis na fossa de Hikurangi.

Ali, os “terremotos silenciosos” acontecem com um intervalo aproximado de cerca de 18 meses e deslocam porções de terreno dois centímetros para leste a cada uma ou duas semanas, segundo a fonte.

Se este mesmo deslocamento se desse em alguns segundos, em vez de semanas, registraria terremotos de uma intensidade de seis a sete graus.

“As zonas de subducção, como a que se encontra em frente à ilha do Norte, podem gerar os maiores terremotos do mundo”, explicou o sismólogo neozelandês Bill Fry ao lembrar os tremores de Sumatra (Indonésia) em 2004 e o de Tohuku (Japão) em 2011, que registraram uma intensidade de 9,1 e 9 graus respectivamente.

A Nova Zelândia se assenta na falha entre as placas tectônicas do Pacífico e Oceania e registra cerca de 14 mil terremotos a cada ano, dos quais entre 100 e 150 têm a potência suficiente para serem percebidos. EFE

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