Colaborador de Nisman é acusado de emprestar arma que matou promotor

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2015 17h48
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Buenos Aires, 26 jan (EFE).- Uma promotoria argentina acusou nesta segunda-feira Diego Lagomarsino, colaborador de Alberto Nisman, de lhe emprestar sua arma, uma pistola calibre 22 que causou a morte do promotor um dia antes de ele comparecer ao Congresso para detalhar sua denúncia contra o governo por suposto encobrimento de terroristas.

“Ele é acusado de facilitar a arma Bersa calibre .22 achada no departamento de Alberto Nisman”, disse a Promotoria liderada por Viviana Fein através de um comunicado.

O Código Penal prevê penas de um a seis anos de prisão a quem “entregar uma arma de fogo por qualquer título a quem não credenciar sua condição de legítimo usuário”.

Lagomarsino relatou a Fein que emprestou sua arma a Nisman quando o promotor lhe contou que temia por sua segurança.

A promotora que investiga a morte de Nisman expediu ontem uma ordem para evitar que Lagomarsino deixe o país e atualmente “está avaliando as provas coletadas e os depoimentos para saber até onde pode se estender a acusação”.

Lagomarsino, analista de sistemas e um dos colaboradores mais próximos de Nisman na investigação do atentado contra a associação judaica Amia, é o primeiro acusado na causa pela morte do promotor federal.

Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça no último dia 18, apenas quatro dias após ter denunciado a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman pelos crimes de “encobrimento agravado, descumprimento de dever de funcionário público e obstrução de justiça”.

Conforme argumentava Nisman, a denúncia se baseia em evidências reunidas por meio de escutas telefônicas sobre as manobras do governo argentino para “livrar de qualquer suspeita os acusados iranianos” e “fabricar a inocência do Irã” no atentado contra a Amia em 1994, que causou 85 mortes. EFE

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