Com atentado, movimento alemão vê “reforçada” sua advertência contra o islã

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2015 14h27
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Berlim, 7 jan (EFE).- O movimento islamofóbico alemão Pegida e o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) afirmaram nesta quarta-feira que o atentado contra a revista francesa “Charlie Hebdo” “reforça” suas advertências contra o islã, e cobraram uma atuação contundente dos políticos contra o terrorismo fundamentalista.

“Os islamitas, contra os quais o Pegida adverte há 12 semanas, mostraram hoje na França que não sabem se comportar em democracia e que só contemplam a violência e a morte”, disparou o movimento “Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente” (Pegida) em sua página no Facebook.

Na mesma mensagem, os políticos são cobrados a atuar, sem esperar que “uma tragédia como esta ocorra na Alemanha”, e é expressado o repúdio do movimento às manifestações convocadas contra o Pegida pelos grandes partidos parlamentares.

O movimento islamofòbico conseguiu reunir na segunda-feira 18 mil manifestantes em Dresden, cidade onde foi criado há poucos meses. Seus integrantes reivindicam a limitação do direito de asilo e alertam contra a suposta islamização da Alemanha.

Seus principais aliados políticos, até agora, é o partido AfD, cuja cúpula, em parte, apoiou o Pegida e até participou de suas passeatas em Dresden.

O atentado à redação de “Charlie Hebdo” é um “ataque à democracia e a liberdade de imprensa”, afirmou hoje o porta-voz da AfD e líder do partido no “Land” de Brandemburgo, Alexander Gauland.

O massacre de hoje pôs em evidência, segundo ele, a “fragilidade e necessidade de proteção de nossa sociedade e seus princípios”, assim como “o peso e atualidade das exigências do Pegida”.

“Os partidos estabelecidos deveriam pensar nisso, se é que realmente querem seguir difamando os seguidores do Pegida”, concluiu Gauland.

O político se referiu assim à crítica da chanceler Angela Merkel, em sua mensagem de fim de ano, a qualquer manifestação xenofóbica e seu pedido para que os convites para as passeatas do Pegida não sejam aceitos. EFE

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