Combate entre Exército e talibãs deixa 15 mortos no Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 22/05/2014 04h14

Islamabad, 22 mai (EFE).- Um combate entre tropas do Exército e os talibãs na zona tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do Paquistão, causou a morte de 11 insurgentes e quatro soldados, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes oficiais.

O choque aconteceu ontem à noite na zona de Mir Ali, segundo uma mensagem remetida à Efe por uma fonte militar que não deu mais detalhes do incidente.

Fontes do governo local do Waziristão do Norte e do órgão de coordenação das zonas tribais, situado na cidade de Peshawar, confirmaram para a Efe o enfrentamento armado e o número de mortos de ambos os lados.

O combate de ontem à noite aconteceu horas depois que uma série de “ataques aéreos de precisão” das Forças Armadas paquistanesas causaram a morte, segundo a versão oficial, de 60 insurgentes na mesma região no período da manhã.

O exercito informou que entre os mortos nesses bombardeios há combatentes estrangeiros e “comandantes importantes” da insurgência talibã que tiveram envolvimento em atentados recentes contra alvos civis e militares.

As dificuldades de acesso aos lugares remotos e montanhosos do noroeste do país asiático tornam quase impossível comprovar com fontes independentes os dados fornecidos pelo aparelho de segurança sobre os frequentes combates com a insurgência.

O principal grupo talibã, o TTP, e o governo iniciaram em fevereiro um processo de diálogo, que atualmente está em ponto morto, após várias reuniões entre emissários de ambas as partes que levaram a uma trégua insurgente de pouco mais de um mês.

A continuidade das ações armadas de grupos ligados ao TTP durante a trégua gerou muita desconfiança entre o governo e as Forças Armadas, que nos últimos meses fizeram diversas operações aéreas contra os insurgentes.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos da Paz, no ano passado foram cometidos no país asiático mais de 1,7 mil atentados – 61% deles pelo TTP e seus aliados – nos quais morreram cerca de 2,5 mil pessoas, um número 19% maior do que em 2012. EFE

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