Comboio com ajuda humanitária russa cruza fronteira ucraniana

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2014 06h01
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Moscou, 22 ago (EFE).- Um comboio de 34 caminhões com ajuda humanitária russa começou a atravessar a fronteira da Ucrânia, informou a agência russa “Interfax”.

Os veículos estão neste momento no posto fronteiriço ucraniano Izvarino da região de Lugansk, controlada parcialmente pelas milícias separatistas pró-russas.

O presidente russo, Vladimir Putin, “está ciente” que a coluna com ajuda humanitária avança para Lugansk, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Minutos antes, a chancelaria russa havia anunciado que o comboio com ajuda humanitária russa para a população do leste da Ucrânia entraria nesse país mesmo sem autorização do governo de Kiev.

“A parte russa decidiu atuar. Nossa unidade com carga humanitária começa a se dirigir para Lugansk”, advertiu o ministério, e acusou as autoridades ucranianas de atrasarem intencionalmente os procedimentos alfandegários.

Segundo uma declaração publicada na página oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, “os intermináveis atrasos artificiais para começar a entrega da ajuda humanitária russa às regiões do sudeste da Ucrânia são intoleráveis”.

Moscou advertiu contra qualquer tentativa de impedir essa missão humanitária e alertou que a responsabilidade por possíveis provocações recairá “sobre aqueles que estão dispostos a continuar sacrificando destinos humanos em prol de suas ambições e planos geopolíticos”.

E lembrou que a coluna formada por mais de 260 caminhões permanece na fronteira russo-ucraniana há mais de uma semana apesar dos esforços “sem precedentes” para cumprir todas as formalidades necessárias.

“Enquanto isso, Kiev há vários dias adia dar seu aval, necessário ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, inventando novos pretextos e, ao mesmo tempo, intensificando seus ataques contra Lugansk e Donetsk”, acrescentou a declaração.

Moscou explicou que na quarta-feira começaram os procedimentos alfandegários, mas ontem eles foram suspensos sob o argumento de que os combates se intensificaram na cidade de Lugansk.

“Em outras palavras, as autoridades ucranianas bombardeiam elas mesmas o ponto de destino da ajuda (humanitária) e por esse mesmo motivo proíbem que o transporte até ali”, acusou a declaração.EFE

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