Começa em Tobruk primeira sessão do novo parlamento líbio

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2014 09h03

Trípoli, 4 ago (EFE).- A primeira sessão oficial do parlamento da Líbia, eleito em 25 de junho, começou nesta segunda-feira na cidade de Tobruk, no leste do país, e o antigo Congresso Nacional Geral (CNG) passará agora a se chamar Congresso dos Deputados.

A Líbia vive um momento de profunda crise de segurança, com enfrentamentos entre milícias rivais na capital Trípoli e em Benghazi, a segunda maior cidade do país.

Há dois dias, 160 deputados participaram em Tobruk de uma “sessão consultiva”, na qual estudaram o papel que o novo Congresso deve desempenhar para estabilizar o país.

A sessão foi inaugurada pelo atual primeiro vice-presidente do CNG, Azeldin al Awami, que falou sobre a união da pátria e a necessidade de deixar de lado as diferenças que obstaculizam o avanço rumo à democracia.

Além disso, expressou seu desejo de que os novos deputados não cometam os mesmos erros praticados por seus antecessores.

Awami ressaltou a necessidade de tornar efetivo o mais breve possível a transferência de funções do CNG para o novo parlamento.

O presidente da sessão de hoje, o deputado mais velho do Congresso, Abu Baker Buira, advertiu que “o mundo sofrerá” as consequências da atual crise da Líbia, como por exemplo a propagação ilegal de armas, se o conflito não for solucionado.

No entanto, Buira declarou que “Líbia não é um estado fracassado como afirmam alguns e muito em breve se transformará, com a permissão de Alá, em um estado exemplar”.

Buira exigiu que todas as milícias terminem os combates e atuem com “calma e sabedoria”.

Desde 13 de julho, quase 200 pessoas morreram em Trípoli nos choques entre as milícias das cidades de Misrata, ao leste da capital, e de Zintan, ao sudoeste, pelo controle do aeroporto internacional.

Além disso, desde maio, homens fiéis ao general aposentado Jalifa Hafter, que não reconhece a autoridade do parlamento, enfrentam várias milícias islamitas e jihadistas que atuam na cidade de Benghazi. EFE

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