Conferência Internacional sobre a Aids homenageia ativistas mortos em avião
Sydney (Austrália), 20 jul (EFE).- A Conferência Internacional sobre a Aids prestou homenagens neste domingo aos delegados que viajavam no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, durante a abertura do encontro, que acontece em Melbourne, na Austrália.
A presidente da Sociedade Internacional da Aids, François Barré-Sinoussi, pediu um minuto de silêncio “para expressar nossa tristeza, nossa raiva e nossa solidariedade”. Seis integrantes da organização viajavam no voo MH 17 da Malaysia Airlines, entre eles, o ex-presidente, Joep Lange.
Os outros mortos são Pim de Kuijer, da Stop AIDS Now!, Lucie van Mens e Maria Adriana de Schutter, da AIDS Action Europe, Glenn Thomas, da Organização Mundial da Saúde, e Jacqueline van Tongeren, do Instituto de Amsterdã para o Desenvolvimento Mundial da Saúde.
Barré-Sinoussi, que recebeu o prêmio Nobel de Medicina, em 2008, afirmou que compartilha a dor das pessoas que “perderam familiares e amigos nesta tragédia sem sentido”.
“Mostraremos ao mundo que, nem a brutalidade, nem o ódio, podem nos deter”, disse a presidente da organização.
A porta-voz da conferência, Lucy Stackpool-Moore, disse que a morte dos ativistas motivará a comunidade em lutar ainda mais pela luta contra a epidemia.
A co-presidente da conferência, Sharon Lewin, também rendeu tributo aos colegas mortos, e lembrou ainda que 4,8 milhões de pessoas convivem com o HIV na região da Ásia-Pacífico e alertou que as taxas aumentam na Indonésia, Filipinas e Paquistão.
Barré-Sinoussi, por sua vez, pediu aos participantes da conferência que assinassem a “Declaração de Melbourne 2014” que pede para se pôr fim ao estigma e a discriminação que afetam aos portadores do HIV.
Entre os participantes da conferência estão o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé e o cantor e ativista britânico Bob Geldof. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.