Conselho de Segurança da ONU defende legitimidade de presidente do Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 20/01/2015 19h47
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Nações Unidas, 20 jan (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU defendeu nesta terça-feira a legitimidade do presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e condenou os ataques lançados contra sua casa e contra o palácio presidencial por combatentes do movimento rebelde xiita dos houthis.

O principal órgão de decisão das Nações Unidas, em uma declaração pacutada por seus 15 membros após uma reunião a portas fechadas, expressou sua “profunda preocupação” com a deterioração da crise no Iêmen e ressaltou a importância de o acordo de paz ser totalmente aplicado.

O Conselho de Segurança ressaltou que o presidente iemenita é “a autoridade legítima” com base nos resultados eleitorais e no acordo de paz entre governo e houtis em setembro, e por isso cobraram que toda a sociedade apoie e reconheça o governo.

Além disso, chamou todas as partes a rejeitar o conflito, evitar as provocações e optar pelo diálogo, condenando “o recurso à violência dos últimos dias, incluído o uso do sequestro”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim imediato dos combates no Iêmen e pediu que os diferentes atores cumpram com os compromissos previamente acertados e devolvam o poder às autoridades legítimas.

O diplomata coreano se declarou “gravemente preocupado com a deterioração” da situação no país e pediu que os dois lados tenham a “máxima moderação e tomem medidas para restaurar a total autoridade das instituições de governo legítimas”.

Os houthis, que pegaram em armas em várias ocasiões entre 2004 e 2010, sequestraram no sábado o chefe de gabinete da presidência, Ahmed Awad Mubarak, a quem acusam de aplanar o caminho para a aprovação de um novo texto constitucional, ao que se opõem e cuja minuta estabelece seis regiões no país em vez das duas que eles exigem.

Atualmente reivindicam uma maior participação no poder, um pacto contra a corrupção e a aplicação dos acordos assinados com as autoridades em setembro, embora eles não tenham respeitado o ponto que exige a retirada de seus milicianos das cidades.

A expansão militar dos rebeldes forçou então a assinatura desses acordos e a formação de um novo governo no Iêmen.

Hoje o Conselho encorajou às partes a seguir adiante na aplicação dos acordos e finalizar a nova Constituição de uma forma que “responda aos anseios do povo iemenita”. EFE

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