Conselho do BCE discute ampliação dos créditos de emergência à Grécia

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 07h06
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Frankfurt (Alemanha), 16 jul (EFE).- O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) discute nesta quinta-feira se irá ampliar os créditos de emergência aos bancos gregos, através do Banco da Grécia, perante o perigo de colapso do sistema financeiro do país.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, disse hoje à imprensa alemã que os principais bancos gregos estarão em perigo se o país não receber auxílio. Para ele, se as quatro maiores instituições financeiras gregas não funcionarem, as consequências para a Grécia e para a zona do euro serão graves.

Já o Eurogrupo analisa, através de teleconferência, a proposta da Comissão Europeia (CE) de conceder à Grécia um empréstimo-ponte de 7 bilhões de euros e avalia se o país completou as condições para iniciar as negociações de um terceiro resgate, após a aprovação do primeiro pacote de reformas pelo parlamento grego.

Os bancos gregos se encontram em um estado de coma induzido há mais de duas semanas, uma situação que deve se manter no curto prazo. O governo seguiu com a política de controle de capital, prolongou o feriado bancário até a sexta-feira e os cidadãos só podem sacar no máximo 60 euros por dia dos caixas eletrônicos.

Além disso, Regling prevê que o MEE fornecerá entre 50 e 85 bilhões de euros ao terceiro programa de auxílio à Grécia.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, sugeriu mais uma vez hoje uma possível saída temporária da Grécia da zona do euro. Em entrevista à emissora de rádio “Deutschlandfunk”, ele também se opôs a uma remissão da dívida do país.

O parlamento grego aprovou com 229 a votos de um total de 300 deputados as medidas exigidas pelos credores como condição para conceder o novo programa de resgate.

Amanhã será o parlamento alemão (Bundestag) que avaliará o acordo entre Atenas e os sócios europeus, decidindo se aprova ou não o novo resgate.

O BCE mantém desde 26 de junho um limite de 89 bilhões de euros que os bancos gregos podem pegar emprestado. Além disso, aplicou cortes de valor nas garantias apresentadas pelo governo do país, pagando assim menos dinheiro por cada ativo. EFE

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