Coreia do Norte insiste em “melhorar as relações” com Seul
Seul, 4 jan (EFE).- Um funcionário do alto escalão do regime da Coreia do Norte afirmou neste sábado em artigo publicado pelo jornal “Rodong” que a intenção de Pyongyang é “melhorar as relações” com a Coreia do Sul, o que representa o segundo gesto de aproximação em apenas quatro dias.
“Estamos decididos a voltar todos os nossos esforços para conseguir a reunificação nacional através de uma melhora nas relações intercoreanas”, destacou um dos diretores do Comitê para a Reunificação Pacífica de Coreia (CRPC), Kang Ji-yong, no jornal oficial do regime.
O CRPC é o órgão encarregado das relações com a Coreia do Sul, país com o qual o Norte segue tecnicamente em guerra, já que a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um cessar-fogo e não com um tratado de paz definitivo.
A afirmação de Kang acontece três dias depois que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou em sua mensagem de Ano Novo que “esforços decididos serão feitos para melhorar as relações entre Norte e Sul” e pediu que as autoridades sul-coreanas fizessem o mesmo.
No artigo do “Rodong Sinmun” (“Jornal dos Trabalhadores”) o alto funcionário norte-coreano pediu também a “cooperação dos compatriotas sul-coreanos e dos estrangeiros” para um melhor entendimento na península.
Kang se comprometeu em fazer com que “a essência da mensagem de Ano Novo” se transforme em uma realidade e destacou que o novo ano oferece uma oportunidade para se conseguir “um progresso histórico” no processo para a reunificação.
No entanto, os gestos conciliadores de Pyongyang só trouxeram, até o momento, reações de desconfiança por parte de Seul e Washington.
Tanto a Coreia do Sul como os Estados Unidos insistem que antes da retomada do diálogo são indispensáveis “ações concretas” de Pyongyang, que demonstrem um compromisso firme rumo à desnuclearização.
A Coreia do Norte fez uma série de mensagens de aproximação no início de 2013, mas acabou realizando seu terceiro teste nuclear neste mesmo ano e promoveu uma intensa campanha de ameaças de guerra atômica, além de fechar unilateralmente o complexo industrial intercoreano de Kaesong. EFE
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