Coreia do Sul e EUA fazem manobras navais em clima de tensão

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2014 08h04

Seul, 16 jul (EFE).- Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira manobras navais conjuntas com a participação de um porta-aviões de propulsão nuclear americano, em um ambiente de tensão após os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte.

As forças navais de Seul e Washington deram início hoje em águas do Mar Amarelo (Mar Ocidental) a esse exercício de rotina anual com o objetivo de “promover o trabalho em equipe e melhorar a habilidade operacional”, informou à Agência Efe um porta-voz da Marinha americana na Coreia do Sul.

As manobras, que durarão até no domingo 20, contam com o porta-aviões de 97 mil toneladas USS George Washington, propulsado por dois reatores nucleares.

A embarcação americana foi do Japão à Coreia para a ocasião com um contingente de três navios de guerra e até 80 aviões de combate e bombardeiros que se uniram às equipes militares da Força Naval sul-coreana.

Paralelamente, as forças conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul também farão exercícios marítimos do outro lado da península, no Mar do Leste (Mar do Japão).

Quando na sexta-feira passada o USS George Washington ancorou no porto sudeste de Busan, a Coreia do Norte classificou sua presença como uma “grave e imperdoável provocação”, além de um “desafio mal-intencionado” ao regime comunista de Kim Jong-un.

Por sua vez, EUA e Coreia do Sul insistiram na natureza defensiva das manobras militares nas quais participará o porta-aviões, que já foi utilizado pelas forças conjuntas em outras ocasiões.

As novas manobras de Seul e Washington poderiam contribuir para elevar a tensão com o regime norte-coreano, que habitualmente responde com retórica agressiva e testes de mísseis a esse tipo de ações dos que considera seu “inimigos”.

Durante as últimas duas semanas o Exército Popular da Coreia do Norte realizou vários lançamentos ao mar de mísseis guiados e projéteis de curto alcance, em uma aparente demonstração de força.

Coreia do Sul e EUA realizam a cada ano vários exercícios militares conjuntos orientados a coordenar sua defesa diante de um hipotético ataque de Pyongyang.

Os EUA mantêm 28.500 soldados em território sul-coreano e se comprometem a defender seu aliado do Norte como herança da Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício, nunca substituído por um tratado de paz definitivo. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.