Cristina Kirchner e Michelle Bachelet impulsionam cooperação bilateral
Buenos Aires, 12 mai (EFE).- As presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Chile, Michelle Bachelet, deram nesta segunda-feira em Buenos Aires um novo impulso às relações bilaterais com o anúncio de dois grandes projetos de infraestruturas e seu compromisso de agilizar a solução de assuntos pendentes.
Após a presidência de Sebastián Piñera no Chile, na qual as relações com a vizinha Argentina perderam peso, Cristina e Bachelet demonstraram hoje sua boa sintonia e concordaram em sua intenção de acelerar o impulso dos assuntos bilaterais.
“A relação com a Argentina é prioritária para o nosso país, é uma nação irmã e é preciso reimpulsionar a agenda à qual nos comprometemos anos atrás”, resumiu Bachelet, que elegeu a Argentina para a primeira visita de Estado de seu segundo mandato.
“É fundamental para nós melhorar a conectividade para dar uma volta imensa em custos e competitividade”, ressaltou Cristina em entrevista coletiva conjunta após receber Bachelet.
O projeto inclui uma passagem para ferrovia no Aconcágua e outro em Águas Negras, incluídos no Tratado de Maipú de Integração e Cooperação (2009), que aposta também em reforçar a coordenação entre autoridades locais para melhorar as infraestruturas em energia e comunicações.
Para Cristina Kirchner não se trata unicamente do trânsito de pessoas ou de mercadorias, mas de “levar tecnologia, ciência, progresso, de gerar trabalho”.
“É um desafio que nos pusemos como meta, a conectividade entre ambos países”, insistiu Cristina, que admitiu que há temas de interesse bilateral “travados” em esferas alheias ao Executivo porque “no Chile e Argentina há separação de poderes”.
“Quando há um inconveniente no âmbito do Executivo, que se conecte diretamente com nós, as presidentas, de presidente para presidente é mais fácil destravar conflitos”, acrescentou.
A visita de Bachelet selou o relançamento das relações bilaterais após a gestão de Piñera que, segundo Cristina Kirchner, “tinha outras urgências, outras políticas públicas”. EFE
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