Dilma: inovação industrial é importante para o país ter os avanços necessários
A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (20), durante inauguração de fábrica de celulose no Maranhão, a inovação das indústrias brasileiras por meio da biotecnologia. Segundo ela, investimentos na área mostram que é possível o Brasil crescer respeitando os padrões ambientais. A presidenta disse também ser necessário o escoamento da produção nacional para o Norte.
A nova unidade da Suzano tem sede em Imperatriz (MA), contou com investimentos de US$ 3 bilhões e terá capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. A fábrica será autossuficiente em energia elétrica, o que, para Dilma, é um exemplo de que as aplicações tecnológicas na indústria são cada vez mais necessárias para a alteração de processos e produtos.
Ela contou que o presidente do Conselho de Administração da Suzano, David Feffer, sugeriu uma forma de produção com base na biotecnologia. “O Brasil precisa de introduzir inovação na sua produção para poder dar os saltos necessários”, afirmou a presidenta.
Um dos destaques da nova fábrica, considerada pelas autoridades presentes uma das mais modernas do mundo nesse ramo, é o escoamento da produção, que começa nas próprias instalações da Suzano e vai até o Porto de Itaqui, no Maranhão. Ao ressaltar a importância da ferrovia, Dilma explicou a necessidade do transporte dos produtos brasileiros para portos diferentes do eixo Sul-Sudeste.
“É muito importante que [se] escoe para o Norte a produção tanto de minério, como de celulose e de grãos, por isso eu fico muito feliz com essa estrutura logística que aponta para a direção correta de escoamento.”
A presidenta também considerou importante os investimentos brasileiros nesse tipo de produtos, da área de bens intermediários. “O Brasil é um país que muito se esforçou ao longo da sua história para produzir o que se chama de insumos básicos. Sabemos que não se produziam insumos básicos no Brasil, como celulose, aço e petroquímicos”, informou Dilma.
Após empregar cerca de 15 mil trabalhadores durante a etapa de construção, a nova fábrica de celulose em Imperatriz vai gerar 3,5 mil empregos permanentes e, por meio do porto, priorizará sua exportação para os Estados Unidos e a Europa. De acordo com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, 80% da mão de obra empregada e 70% das terras onde se cultiva eucalipto para a fábrica provêm da cidade de Imperatriz e da região.
Editor Juliana Andrade
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