Acionistas da Peugeot e Fiat aprovam fusão e criam a 4ª maior montadora do mundo

Valor estimado do grupo Stellantis, formado por 14 marcas, é de US$ 50 bilhões; processo foi aprovado sem restrições pelo Cade

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2021 13h03 - Atualizado em 04/01/2021 18h51
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Foto: GERJ GERJ Processo foi aprovado sem restrições pelo Cade

Acionistas da Fiat Chrysler (FCA) e da PSA, dona da Peugeot, aprovaram, nesta segunda-feira, 4, a fusão das duas empresas e a criação do grupo Stellantis, em processo iniciado ainda em 2019. Na prática, este passo cria a quarta maior montadora de veículos do mundo, atrás apenas da Volkswagen, da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e da Toyota. A decisão ocorreu em duas assembleias, que tiveram taxa de aprovação superior a 99%. A fusão foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições.

A fusão entre Fiat Chrysler e a PSA cria, na prática, uma empresa com valor de mercado de US$ 50 bilhões. As vendas anuais de veículos chegariam aos 8,7 milhões de unidades por ano. Quando o processo foi iniciado, a Fiat já procurava por um novo parceiro há alguns e, por pouco, não fechou uma fusão com a francesa Renault. A ideia é liberar mais recursos e tecnologia para enfrentar as demandas por veículos menos poluidores que utilizam combustíveis limpos.

O grupo Stellantis reúne, no total, 14 empresas, como Fiat, Chrysler, Maserati, Jeep, Abarth, Alfa Romeo, Lancia, Dodge e Ram, da FCA, além de Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DS da PSA. Em seu site, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) afirma, em nota, que aprovou a fusão sem restrições. “O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (09/12), em definitivo, a fusão entre Fiat Chrysler e Peugeot. O Tribunal rejeitou proposta de avocação do caso, apresentada pela conselheira Lenisa Prado, e deu aval à operação, que já havia sido aprovada pela Superintendência-Geral (SG/Cade). A fusão entre as empresas dará origem ao grupo automobilístico Stellantis. Ao longo da análise do caso, a SG/Cade concluiu que a operação implica em algumas sobreposições horizontais e integrações verticais que não ensejam preocupações concorrenciais. Por isso, em novembro, aprovou o ato de concentração sem restrições”, diz o texto.

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