Após rumores, Banco do Brasil desmente pedido de demissão de André Brandão
Estatal afirma que não houve solicitação de renúncia; ações da instituição financeira caíram quase 5%
O Banco do Brasil negou que o presidente André Brandão tenha colocado o cargo à disposição nesta sexta-feira, 26. Em fato relevante publicado no fim da tarde, a estatal desmentiu os rumores de que Brandão havia renunciado após o acúmulo de atritos com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Fatos adicionais, julgados relevantes, serão prontamente divulgados ao mercado”, informou o BB. Os rumores da saída de Brandão ganharam força no início da tarde e fizeram as ações do Banco do Brasil fechar a semana com queda de 4,92%, afundando o Ibovespa para a casa dos 110 mil pontos. Este foi o pior desempenho do principal índice da B3 desde o fim de novembro.
O presidente do Banco do Brasil, que assumiu o cargo em setembro do ano passado com a saída de Rubem Novaes, está em rota de colisão com Bolsonaro desde o início do ano, após o BB anunciar um programa para redução de agências e demissão voluntária. Na última semana, Brandão afirmou que o clima era resultado de uma falha de comunicação entre as partes. À época, os boatos de saída também derrubaram as ações do BB no mercado. Brandão, de 55 anos, é graduado em Ciência da Computação pela Universidade Mackenzie (SP) e tem 34 anos de experiência no mercado financeiro. Trabalhou no HSBC por mais de 20 anos em diferentes funções, inclusive como chefe global do banco para as Américas e para a Europa. Também nesse período exerceu os cargos de presidente da corretora do HSBC nos Estados Unidos e de presidente do HSBC Brasil. Anteriormente, trabalhou no Citibank como chefe da área de estruturação de produtos.
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