Arrecadação em fevereiro sobe 4,3%, o melhor resultado para o mês em 21 anos

Dados da Receita Federal apontam soma de 127,7 bilhões no mês passado; entre janeiro e fevereiro, Fisco arrecadou R$ 307,9 bilhões, alta de 0,8% na comparação com 2020

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2021 14h50 - Atualizado em 22/03/2021 16h59
Pixabay/Creative Commons Cédulas de real dispostas sobre superfície branca Teto de gastos com possibilidade de aumento real da expansão de gasto público foi apresentado pelo Tesouro Nacional

A arrecadação federal com impostos atingiu, em fevereiro de 2021, o valor de R$ 127,7 bilhões, registrando acréscimo real de 4,3% em relação a fevereiro de 2020, quando o total foi de R$ 116,4 bilhões, informou a Receita Federal nesta segunda-feira, 22. No período acumulado de janeiro a fevereiro de 2021, a arrecadação alcançou o valor de R$ 307,9 bilhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 0,81%. Este foi o melhor desempenho de fevereiro e do primeiro bimestre desde 2000.

Segundo o Fisco, o resultado é explicado pelos fatores não recorrentes, como recolhimentos extraordinários de R$ 6,5 bilhões do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em janeiro e fevereiro de 2021 e pelos recolhimentos extraordinários de R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. Além disso, as compensações aumentaram 83% em fevereiro de 2021 em relação à fevereiro de 2020 e 51% no período acumulado. O aumento da arrecadação no mês passado já havia sido adiantado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que aponta o resultado como um dos indícios da retomada da economia brasileira após a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes, afirmou que o resultado do mês poderia ser ainda mais expressivo caso não houvesse também o aumento das compensações no período. “Os resultados refletem a aderência da arrecadação aos parâmetros macroeconômicos, aliados ao excelente desempenho da arrecadação do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, que traduzem a melhoria da lucratividade e rentabilidade das empresas.”

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