BC divulga novas regras para o Pix e limita transferências a R$ 1.000 durante a noite

Medida foi uma das anunciadas para evitar a ocorrência de crimes envolvendo a ferramenta de transação online; saiba o que mais mudou

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2021 17h21 - Atualizado em 27/08/2021 17h30
Adriano Machado/Reuters Homem passa em frente ao prédio do Banco Central em Brasília Novidades foram anunciadas pelo Banco Central nesta sexta-feira, 27

O Banco Central (BC) anunciou novas regras e medidas de segurança para o Pix, um dos principais sistemas de pagamento eletrônico existentes. Uma delas impõe um limite de transferência de R$ 1 mil para transações realizadas entre 20h e 6h. Com isso, o banco pretende evitar a ocorrência de crimes como o sequestro. A alteração também foi implementada em outras transferências, em compras pelo cartão de débito e em TEDs. Além disso, também foi anunciado um prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que as instituições bancárias aprovem pedidos de aumento de limite para transações. As medidas foram adotadas pelo Banco Central depois de uma alta no registro de golpes e crimes envolvendo o Pix, por ele permitir transferências imediatas em qualquer dia da semana, independentemente do horário.

O anúncio foi feito pelo BC na tarde desta sexta-feira, 27. Em entrevista coletiva, João Manoel Pinho de Mello, Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, falou sobre o tema e afirmou que o Banco Central seguirá monitorando e intervindo quando for necessário. “Gostaria de reforçar que o Banco Central monitora constantemente e fará intervenções quando tiverem o diagnóstico preciso e imposições que não imponham custos aos participantes e diminuam a usabilidade desses meios de pagamento. Os usuários veem muito valor de pagamento nesses meios eletrônicos”, disse durante a entrevista coletiva. Nesta sexta, o  presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, já havia afirmado que medidas seriam adotadas para tornar o Pix, sistema bancário de transferência instantânea, mais seguro para o clientes. Ultimamente, criminosos têm obrigado vítimas a transferir dinheiro para conta de terceiros por meio da ferramenta. Em São Paulo, prática já foi relacionada até a sequestros-relâmpagos. “A gente vê mais recentemente, na mídia, uma associação do Pix com a criminalidade. A gente olha e está olhando isso com cuidado”, assegurou Campos Neto em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera.

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