BC dos EUA mantém juros baixos, apesar de prever inflação mais alta

Federal Reserve também anunciou que continuará a compra de US$ 120 bilhões por mês em títulos públicos e projeta mudança na política monetária em 2023

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2021 16h25
Tasos Katopodis/Pool via REUTERS/File Photo Presidente do Fed, Jerome Powell Decisão do Fed, presidido por Jerome Powell, foi na linha do esperado pelo mercado financeiro

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira, 16, a manutenção da política de estímulos monetários. Como já era esperado pelo mercado, a autoridade monetária segurou a taxa de juros entre 0% e 0,25%, a despeito da alta da inflação em abril e maio, e garantiu a compra de US$ 120 bilhões por mês de títulos públicos. Em nota, o Fed afirmou que deve fazer dois ajustes na taxa em 2023 — antes, estavam previstas mudanças apenas em 2024. O BC norte-americano também revisou para cima a projeção da inflação, de 2,4% na previsão de março para 3,4%. Apesar da mudança, a autoridade monetária manteve o discurso de que a recente alta inflacionária é transitória. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 6,5% para 7%, enquanto a expectativa com o nível de desemprego se manteve em 4,5%.

Segundo o comunicado, o fortalecimento da atividade econômica e a geração de empregos são reflexos da imunização da população contra o novo coronavíus e o apoio de políticas públicas. “Os setores mais afetados pela pandemia continuam fracos, mas mostraram melhorias. A inflação aumentou, refletindo em grande parte fatores transitórios. As condições financeiras gerais permanecem acomodatícias, em parte refletindo medidas de política para apoiar a economia e o fluxo de crédito para famílias e empresas dos EUA.” A autoridade monetária manteve a meta de inflação a 2% no longo prazo. “Ao avaliar a postura apropriada da política monetária, o Comitê continuará a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado, caso surgissem riscos que pudessem impedir o cumprimento dos objetivos”, informou em nota.

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