Confira dicas para diminuir o consumo de energia e conseguir desconto na conta de luz

Em meio à crise hídrica e à implantação de uma nova bandeira tarifária, especialista deu conselhos para não gastar energia à toa, amenizar o impacto no bolso e aproveitar incentivo do governo

  • Por Guilherme Strabelli
  • 12/09/2021 09h00
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Arquivo/Agência Brasil conta de luz População vem buscando maneiras de economizar na conta de luz

­Nos últimos meses, o Brasil viu uma piora na crise hídrica que atinge o país. De acordo com o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o período de chuvas na região Sul ficou abaixo do esperado, com os níveis das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofrendo uma grande redução. “Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar significativamente a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos”, explicou, em tom de preocupação, o ministro, em pronunciamento em rede nacional. Visando evitar consumo excessivo, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a criação de uma nova bandeira da tarifa de energia elétrica. Batizada de “escassez hídrica”, a taxa será de R$ 14,20 a cada 100 kWh, 49,6% acima da atual bandeira vermelha 2, de R$ 9,49.

A medida, a priori, não foi bem recebida pela população. Mas, diante da criação da nova bandeira, é necessário começar a buscar novos métodos para economizar energia elétrica e amenizar o impacto na conta de luz. O Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica, criado pelo governo federal, dará um bônus a quem conseguir reduzir pelo menos 10% do consumo entre setembro e dezembro. O crédito será efetuado no primeiro mês de 2022. Em entrevista à Jovem Pan, Larissa Brioso, educadora financeira da Startup Mobills, afirmou que ações básicas podem colaborar para o consumidor chegar ao patamar estabelecido pela União. “Ficar mais atento para não deixar a porta da geladeira aberta ou as luzes de cômodos que não estão sendo utilizadas acesas. Cortar o hábito de dormir com a TV ligada ou ainda deixar o celular passar a noite toda carregando. São pequenos detalhes cotidianos que podem fazer uma grande diferença no bolso no fim do mês”, afirmou Larissa. Ela também ressaltou que diminuir a frequência de banhos quentes pode colaborar com a economia e destacou cuidados específicos que devem ser tomados com a geladeira, um dos eletrodomésticos que mais consomem energia. Checar a borracha de vedação, mantê-la em um lugar ventilado — de preferência longe do fogão ou outros eletrodomésticos que possam causar um superaquecimento — e verificar se a mesma encontra-se bem vedada estão entre os cuidados apontados.

Larissa também levantou pontos que devem ser totalmente evitados pela população que quer evitar aumentos na conta de luz. Dentre eles, estão “deixar eletrônicos e eletrodomésticos em stand-by sem necessidade, luzes acesas em ambientes que não estão sendo utilizados e usar a máquina de lavar na frequência mínima”. Por fim, a educadora também citou que o governo pode colaborar nesta missão, citando a necessidade e a importância da realização de campanhas de conscientização. “É importante o destaque na adoção de medidas que visem a conscientização da população, bem como o ensino de medidas que contribuam tanto para a economia de energia quanto para a economia de água. Afinal, a soma de pequenas atitudes cotidianas podem ajudar mais do que financeiramente a população, sendo vitais para o meio ambiente também”, concluiu.

Principais dicas para economizar energia

  • Evite banhos muito quentes: com o fim do inverno se aproximando, é possível diminuir a temperatura do chuveiro e, assim, reduzir o consumo. Também não é recomendável se alongar demais no banho. Uma boa dica é desligar a torneira na hora de se ensaboar;
  • Cuidado com a geladeira: o eletrodoméstico é um grande vilão da economia (corresponde a cerca de 30% da energia consumida em uma casa). Armazenar muita comida causa um gasto desnecessário. O ideal é até esvaziá-la nos períodos de viagens longas. Evite deixar a geladeira aberta, cheque a vedação e mantenha-a em uma cozinha arejada;
  • Não use a luz elétrica desnecessariamente: dormir com a TV ligada é um hábito que custa caro demais em época de crise hídrica. Quando bater o sono, use o controle e vá para o quarto. Atenção para lâmpadas ligadas em cômodos vazios. Durante o dia, troque o interruptor pela janela aberta e aproveite a luz solar. Se possível, adapte sua casa para aproveitar a claridade;
  • Pare de deixar eletrodomésticos em stand by: muitas pessoas esperar a hora de dormir para carregar o celular. Essa mania é um prato cheio para o aumento na conta de luz. O aparelho seguirá consumindo energia por horas e horas, mesmo com a bateria totalmente alimentada. Notebooks, videogames, micro-ondas e aparelhos de DVD também não precisam ficar o tempo todo na tomada. Esses itens representam até 12% do consumo;
  • Evite a máquina de lavar na frequência mínima: o ideal é realizar essa atividade sempre com uma grande quantidade de roupas e, assim, ligá-la no nível máximo de uso. Outra dica valiosa é dosar o sabão para não desperdiçar água;
  • Use lâmpadas de led: elas podem reduzir até 80% do consumo de energia. São um pouco mais caras do que lâmpadas fluorescentes e incandescentes, mas compensam pela resistência.
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