Congonhas e outros 14 aeroportos são leiloados para iniciativa privada nesta quinta

Após concessão desses terminais, 91,6% do tráfego nacional aéreo brasileiro sai do controle do governo federal; prazo é de 30 anos de gestão

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2022 09h08
Edison Temoteo/Estadão Conteúdo Aeroporto de Congonhas - AE Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) realiza nesta quinta-feira, 18, o leilão da 7ª rodada do programa de concessões aeroportuárias. 15 aeroportos divididos em três blocos serão leiloados. Um dos aeroportos mais movimentados do país, Congonhas, que fica na zona sul da cidade de São Paulo, é o principal atrativo para os investidores que planejam ter uma atuação relevante no segmento aeroportuário brasileiro. Em entrevista à Jovem Pan News na última segunda-feira, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, afirmou que a estratégia do governo é juntar o “filé com o osso”, oferecendo aeroportos atrativos, como o caso de Congonhas, no mesmo pacote de outros terminais mais deficitários, de forma a garantir fortes investimentos. Os 15 aeroportos em questão serão concedidos à iniciativa privada por um período de 30 anos. Juntos, eles representam 15,8% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano, segundo dados da Anac de 2019, período pré-pandemia. O leilão ocorre a partir das 14 horas na B3, em São Paulo.

Esta será a terceira rodada de concessão de aeroportos realizada em blocos. Os 15 aeroportos encontram-se situados em seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. Os três blocos que vão a leilão são: Aviação Geral – formado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com lance mínimo inicial fixado em R$ 141,4 milhões. Bloco SP-MS-PA-MG – Liderado pelo Aeroporto de Congonhas (SP), é composto também pelos aeroportos Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG). A contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões. E o bloco Norte II – integrado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), com contribuição inicial mínima R$ 56,9 milhões.

De 2011 a 2021, o programa de concessão aeroportuária no Brasil concedeu o equivalente a 75,82% do tráfego nacional à iniciativa privada. Somado à 7ª rodada, esse percentual atingirá 91,6% de passageiros atendidos em aeroportos concedidos. Marcelo Sampaio afirma que uma 8ª rodada, com os aeroportos Santos Dumont e Galeão, ambos do Rio de Janeiro, está prevista para o ano de 2023.

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