Dino nega pedido do Senado e bloqueia emendas de comissão que não foram empenhadas até 23/12

Ministro do STF considerou que as mesmas irregularidades identificadas na Câmara, que levaram o ministro a suspender R$ 4,2 bilhões em emendas naquela Casa, ocorrem no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 30/12/2024 19h05 - Atualizado em 30/12/2024 19h14
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TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Flávio Dino A decisão foi proferida após o Senado prestar informações sobre o rito das emendas de comissão na Casa

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido feito pelo Senado para liberar as emendas de comissão destinadas à Casa no total de R$ 2,5 bilhões, e determinou o bloqueio dos repasses, exceto os que já haviam sido empenhados até o dia 23 de dezembro. A decisão foi proferida após o Senado prestar informações sobre o rito das emendas de comissão na Casa.

Na manifestação enviada à Corte nesta segunda (30), o corpo jurídico do Senado disse que “observou rigorosamente as determinações” do STF sobre as regras para as emendas de comissão e pediu ao Supremo que autorize o Executivo a formalizar os empenhos das emendas de comissão feitas pelo Senado até esta terça-feira (31), último dia do ano.

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Dino considerou que as mesmas irregularidades identificadas na Câmara, que levaram o ministro a suspender R$ 4,2 bilhões em emendas naquela Casa, ocorrem no Senado. “Não houve a juntada das Atas aprovando as indicações (ou especificações) dos senhores líderes, o que conduz à mesma contradição visceral: como empenhar uma emenda de comissão cuja indicação do beneficiário e o valor a ser a ele repassado não foram aprovados pela Comissão?”, afirmou na decisão.

“Esse controle pelo Colegiado Parlamentar não é um detalhe de menor importância, na medida em que todos os senhores senadores são iguais no que se refere ao emendamento no processo legislativo orçamentário”, complementou o ministro.

A execução das emendas de R$ 4,2 bilhões da Câmara foi suspensa em 23 de dezembro, após o PSOL apontar irregularidades no ofício assinado por 17 líderes partidários com alterações nas verbas. A Câmara entrou com recurso e argumentou que as emendas foram devidamente aprovadas e Dino publicou nova decisão ontem, 29, para liberar parte dos repasses.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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