Dívida pública cresce em agosto e supera R$ 4 trilhões pela primeira vez

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2019 15h25
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Calculadora e caneta em cima de folha de papel que mostra um gráfico Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% no mês de agosto, chegando a atingir R$ 4,074 trilhões. Essa é a primeira vez que o endividamento ultrapassa os R$ 4 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional.

Em julho, o estoque estava em R$ 3,993 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 41,37 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 39,62 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,74% e fechou o mês em R$ 3,913 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 9,55% menor, somando R$ 160,87 bilhões no mês passado.

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em agosto em relação a julho. De acordo com dados, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 12,31% para 12,14% em agosto, somando R$ 474,98 bilhões. Em julho, o estoque estava em R$ 473,45 bilhões.

A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 22,72% em julho para 22,93% em agosto. Os fundos de investimentos aumentaram levemente a fatia de 25,29% para 27,15%. Já a participação das seguradoras passou de 3,98% para 4,00%.

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 31,05% em julho para 31,44% em agosto. Já os papéis atrelados à Selic reduziram levemente a fatia, de 38,37% para 38,35%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 26,06% do estoque da DPF em agosto, de 26,73% em julho. Os papéis cambiais aumentaram a participação na DPF de 3,85% em julho para 4,15% em agosto.

Todos os papéis estão dentro das metas do PAF para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2019 vai de 38% a 42%. Para os pré-fixados, o intervalo vai de 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 16,97% em julho para 18,26% em agosto, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida recuou de 4,18 anos em julho para 4,12 anos em agosto. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 8,66% ao ano em julho para 8,54% ao ano em agosto.

*Com Estadão Conteúdo

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