Dólar cai e fecha abaixo de R$ 5,70 pela 1ª vez em 15 dias

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2020 18h21
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JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada

Influenciado pelo mercado externo, o dólar voltou a cair e fechou a quarta-feira (20) no menor nível desde 5 de maio, quando terminou em R$ 5,59. O petróleo subiu forte nos Estados Unidos e Londres e ajudou a estimular a alta das bolsas ao redor do mundo, beneficiando também as moedas de emergentes.

Com o petróleo subindo ao redor de 5%, o dólar chegou a cair mais em países produtores do óleo. No México, recuou quase 3% e na Rússia cedeu 2%. No Brasil, o dólar à vista fechou em queda de 1,17%, a R$ 5,6890. A moeda americana não fechava abaixo de R$ 5,70 desde 5 de maio. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado na casa dos R$ 5,69 no fim da tarde de hoje.

A diretora em Nova York de estratégias de moedas da BK Asset Management, Kathy Lien, avalia que há uma sensação no mercado de que o pior da crise do coronavírus pode já ter ficado para trás, o que estimula a busca por ativos de risco, ajudando a enfraquecer o dólar globalmente. O petróleo em alta, países e mais estados americanos reabrindo atividades e bons resultados trimestrais das varejistas americanas Target e Lowe’s contribuem para aumentar o otimismo dos agentes. Por isso, o dólar teve queda generalizada hoje, ante divisas fortes e emergentes.

No Brasil, apesar da melhora do real esta semana, com o dólar acumulando queda de 2,70% em movimento guiado pelo setor externo, o economista-chefe da consultoria Capital Economics para mercados emergentes, William Jackson, avalia que a tendência é de a moeda brasileira seguir enfraquecida no curto prazo.

A Capital Economics elevou a estimativa do dólar ao final de 2020 de R$ 4,70 para R$ 5,25. A consultoria hoje revisou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e agora espera queda de 8% este ano, refletindo o efeito da disseminação mais rápida do coronavírus, que tem obrigado os governos estaduais a manterem a quarentena por mais tempo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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