Dólar cai a R$ 4,90 com juros no Brasil e cenário externo; Ibovespa sobe
Câmbio engata quarta queda seguida e fecha na menor cotação desde junho de 2020; Banco Central reitera alta da Selic para patamar neutro
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quinta-feira, 24, com investidores analisando o relatório de inflação do terceiro trimestre de 2021 divulgado pelo Banco Central. No cenário internacional, o bom humor foi impulsionado pela sinalização de acordo para o pacote bilionário de estímulos nos Estados Unidos. O dólar engatou a quarta queda seguida e fechou em forte baixa de 1,17%, cotado a R$ 4,905, a menor cotação desde junho do ano passado. A moeda norte-americana chegou a bater mínima de R$ 4,902, enquanto a máxima não passou de R$ 4,969. O câmbio encerrou na véspera com queda de 0,06%, a R$ 4,962. Seguindo o otimismo internacional, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou o dia com alta de 0,85%, aos 129.513 pontos. O pregão desta quarta-feira, 23, encerrou com queda de 0,26%, aos 128.427 pontos.
A autoridade monetária brasileira reafirmou nesta manhã que pretende elevar a Selic ao patamar neutro, quando a taxa de juros não estimula nem freia a atividade econômica. Segundo analistas, a normalização é de 6,5% ao ano. O Comitê de Política Econômica (Copom) elevou a Selic a 4,25% ao ano na semana passada ao acrescentar 0,75 ponto percentual. O colegiado sinalizou novo aumento da mesma magnitude no encontro de agosto, levando a Selic para 5%, mas “deixou a porta aberta” para um acréscimo mais incisivo. Analistas apontam a possibilidade de alta de 1 ponto percentual, elevando a taxa a 5,25% ao ano. A autoridade monetária também alterou a previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB), passando para 4,6%, enquanto a estimativa com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial da inflação, foi ajustada para 5,8% — acima do teto da meta de 5,25%.
Na pauta internacional, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que fechou acordo com membros do Senado para lançar um pacote de US$ 579 bilhões em obras de infraestrutura, incluindo a construção de estradas, pontes e expansão de banda larga. Ainda no noticiário norte-americano, dados revisados do Departamento do Comércio apontaram a alta de 6,4% do PIB no primeiro trimestre deste ano, ante avanço de 4,3% nos últimos três meses de 2020.
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