Dólar cai e fecha no menor valor em 7 meses; Bolsa volta aos 115 mil pontos

Câmbio recua a R$ 5,12 com alívio global após arrefecimento das tensões na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2022 18h27
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Marcello Casal Jr./Agência Brasil Saldo comércio no primeiro semestre bate recorde ao registar alta de 68,2% Dólar recua para próximo de R$ 5 com valorização das commodities

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quarta-feira, 16, com o alívio global após a queda das tensões na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia. Na pauta doméstica, os investidores acompanharam os acordos para a votação no Senado de projetos que visam reduzir o preço dos combustíveis. O dólar encerrou o dia com queda de 1%, a R$ 5,128, a menor cotação desde 29 de julho. O câmbio fechou a véspera com retração de 0,72%, a R$ 5,181. Seguindo o clima de recuperação nos mercados globais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou no sétimo dia seguido de alta ao registrar avanço de 0,3%, aos 115.180 pontos, o maior patamar desde 14 de setembro. O pregão desta terça-feira, 15, encerrou com valorização de 0,82%, aos 114.828 pontos.

Mercados em todo o mundo seguiram acompanhando as movimentações na fronteira da Ucrânia e a diminuição dos sinais de invasão russa. Nesta terça-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que está disposto a negociar com os Estados Unidos e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e que não quer resolver o embate sobre a entrada dos ucranianos na aliança militar através de um conflito armado. Antes, o Kremlin havia informado que parte dos soldados estacionados próximo ao país vizinho iriam retornar para as bases. As declarações foram vistas com ceticismo pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que afirmou que o risco de uma movimentação militar dos russos na região ainda é bastante claro. A Otan também afirmou nesta quarta-feira que a Rússia não moveu as tropas da fronteira e convocou uma reunião de seus membros.

Na pauta doméstica, o Senado adiou para a próxima semana a votação de dois projetos que visam a redução do preço dos combustíveis. As medidas estavam previstas para serem colocadas em Plenário nesta quarta-feira. A mudança foi anunciada pelo relator dos textos, senador Jean Paul Prates (PT-RN), após reunião com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Uma das propostas estabelece um valor fixo para o ICMS — imposto de origem estadual, e determina a ampliação do vale-gás para 11 milhões de famílias, o dobro do público atendido pelo programa atualmente. A outra medida foca na criação de um fundo de estabilização para evitar que a variação do preço do petróleo no mercado internacional impacte diretamente no preço das bombas. Conforme o relator, caso aprovadas, as medidas reduzirão em R$ 0,60 o preço do litro dos combustíveis e R$ 10 o do botijão de gás.

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