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Dólar cai para R$ 5,08 apesar de tensões no cenário internacional; Ibovespa supera 114 mil pontos

Dólar sobe e interrompe sequência de seis semanas seguidas de queda

O dólar opera em queda nesta segunda-feira, 7, a despeito da apreensão do mercado com as tensões entre os Estados Unidos e a China e o esgotamento das negociações para um acordo para o Brexit. No cenário doméstico, os investidores digerem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em barrar a reeleição dos presidentes da Câmara e Senado e os seus impactos no andamento das pautas econômicas encaminhadas pelo governo federal ao Congresso. Às 11h40, a divisa norte-americana caia 0,44%, cotada a 5,102. Na mínima, a moeda bateu R$ 5,088, enquanto a máxima não passou de R$ 5,170. O dólar fechou a semana passada com recuo de 0,30%, a R$ 5,124 — a cotação mais baixa desde 22 de julho. O cenário também faz a Bolsa de Valores brasileira operar acima dos 114 mil pontos. O Ibovespa, principal índice da B3, registrava alta de 0,42%, aos 114.230 pontos. Na sexta,o índice encerrou com alta de 1,30%, aos 113.570 pontos.

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A tensão entre os EUA e a China voltou a subir após autoridades norte-americanas aplicarem sansões que dificultam a entrada de membros do Partido Comunista em seu território. As barreiras foram impostas na última quinta-feira, 3. Desde então, o mercado está apreensivo diante do possível endurecimento da disputa entre as duas maiores economias do mundo e os seus reflexos aos negócios globais. Também pressiona o humor dos investidores a proximidade de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem qualquer tipo de acordo formal. Negociadores britânicos foram à Bruxelas, na Bélgica, neste domingo, 6, naquela que é potencialmente a última tentativa de se chegar a um consenso. Com menos de quatro semanas restantes antes da data-limite de 1º de janeiro, os negociadores podem ter menos de 48 horas para conseguir um avanço.

No noticiário doméstico, investidores acompanham os desdobramentos da decisão do STF em vetar a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. A Corte formou maioria contra a medida neste domingo, 6, após os votos dos ministros Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux. A decisão impede que os atuais chefes do Legislativo, Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM) concorram novamente ao comando das casas nos pleitos que serão realizados em fevereiro de 2021. O mercado acompanha como a decisão irá impactar no andamento dos textos estruturantes encaminhados para debate e aprovação do Congresso. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece metas e prioridades para o exercício financeiro para o próximo ano, está pautada no Senado para o próximo dia 16. Além dela, o mercado espera pelo desenrolar dos debates sobre as reformas tributária e administrativa, além das PECs do Pacto Federativo e Emergencial.

 

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