Dólar chega a R$ 5,53 e fecha no maior valor desde abril; Bolsa tem leve queda

Dia teve poucas negociações por conta de feriados no Brasil e nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 11/10/2021 19h16 - Atualizado em 11/10/2021 19h18
Arquivo/Agência Brasil Face da nota de um dólar Dólar volta a subir e atinge maior valor em seis meses

O dólar seguiu tendência de alta e subiu 0,38% nesta segunda, 11, alcançando o maior valor em quase seis meses ao fechar em R$ 5,537. A última vez que a moeda americana esteve tão valorizada foi em 20 de abril, quando bateu R$ 5,550. Poucas negociações foram feitas nesta segunda na Bolsa de Valores, em razão dos Estados Unidos celebrar um feriado nesta segunda, 11 (o dia de Colombo) e o Brasil, amanhã, 12 (dia de Nossa Senhora Aparecida). Com as datas, a liquidez foi baixa. O movimento do real em relação ao dólar seguiu a tendência de outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano – a moeda dos EUA também se valorizou 0,3% frente a uma cesta de moedas fortes. O índice Ibovespa, referência da B3, teve queda de 0,38% e recuou para 112,180,48 pontos. No mundo, as principais preocupações são quanto à inflação global, em meio ao aumento no preço do petróleo e do gás natural, os temores sobre o mercado imobiliário chinês e o risco do orçamento dos Estados Unidos seguir travado por disputas no Congresso local.

No Brasil, são as pressões políticas para que o governo aumente os gastos e inclua novas despesas no Orçamento que ameaçam a segurança dos investidores, com o risco de quebra do teto de gastos. Além disso, relatos de pressão sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, alimentam ainda mais a insegurança do mercado. Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter arquivado o pedido de investigação contra o ministro sobre a companhia offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, há uma percepção de que a imagem de Guedes pode ter se desgastado e a aprovação de novas medidas econômicas no Congresso deve ser difícil. O próximo passo no radar em relação ao ministro é a sessão plenária da Câmara que o convocou a prestar esclarecimentos, ainda sem data marcada.

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