Dólar e Bolsa operam em alta à espera de decisões de juros internacionais

Principais bancos centrais do mundo devem divulgar mudanças nas políticas monetárias em meio ao avanço generalizado da inflação

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2021 12h16 - Atualizado em 13/12/2021 14h37
PAULO VITOR/ESTADÃO CONTEÚDO notas de dólar Dólar apresentou queda nas últimas semanas; tendência é de desvalorização frente a moeda brasileira para os próximos meses

Os principais indicadores financeiros brasileiros operam em alta nesta segunda-feira, 13, à espera das decisões das políticas de juros das principais economias internacionais. Por volta das 12h10, o dólar registrava alta de 0,55%, a R$ 5,645. A divisa chegou a bater a máxima de R$ 5,646, enquanto a mínima não passou de R$ 5,602. O câmbio encerrou a última sessão com alta de 0,72%, a R$ 5,614. Apesar do clima misto nas principais Bolsas do mundo, o Ibovespa, referência da B3, opera com alta de 1,10%, aos 108.934 pontos. O pregão de sexta-feira, 10, encerrou com alta de 1,38%, aos 107.758 pontos.

Investidores no mundo inteiro aguardam pelas divulgações das taxas de juros dos principais bancos centrais em meio ao avanço generalizado dos índices inflacionários. Entre os destaques, estão as decisões monetárias do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra. No caso norte-americano, os mercados especulam se a decisão virá com corte na compra de títulos públicos, conforme já adiantado pela autoridade monetária nas últimas semanas. A pressão ficou ainda maior após a alta de 0,8% da inflação em novembro na comparação com outubro, chegando ao acumulado de 6,8% em 12 meses, o maior índice registrado desde 1982. “Nos Estados Unidos, o mais esperado é que tenha uma redução da recompra de títulos. Políticas estimulantes, como os juros baixos e recompra de títulos, podem resultar em uma inflação mais alta. Agora que ela atingiu esse patamar, pode ser que o Banco Central, por lá, possa reduzir gradualmente esses estímulos”, afirma Pietra Guerra, especialista de ações da Clear Corretora.

No cenário doméstico, as atenções se voltam para a nova votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pela Câmara dos Deputados após alterações do texto no Senado. Um acordo entre os presidentes das Casas “fatiou” os trâmites depois que a medida foi aprovada pelos senadores. Os trechos em comum foram sancionados na semana passada em uma sessão mista cheia de debates. A PEC dos Precatórios é fundamental para o governo federal manter o valor mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil, que começou a ser pago para 14,5 milhões de famílias na sexta-feira com o início da distribuição da segunda parcela do benefício social.

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