Dólar e Bolsa sobem com mercados à espera das decisões dos juros no Brasil e nos EUA

Avanço da inflação deve fazer BC elevar Selic entre 2,25% a 2,75%, enquanto os EUA tendem a segurar o indicador entre 0% e 0,25%

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2021 12h23 - Atualizado em 17/03/2021 12h48
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Agência Brasil Dólar volta a fechar a semana acima de R$ 5 com investidores avaliando riscos políticos domésticos Dólar recua com mudança no mercado internacional e otimismo por medicação contra o novo coronavírus

O mercado financeiro opera nesta quarta-feira, 17, em compasso de espera aos anúncios da política de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e do Federal Open Market Committee (o equivalente norte-americano), que serão divulgadas às 18h30 e 15h, respectivamente, pelo horário de Brasília. Por volta das 12h20, o dólar avançava 0,43%, a R$ 5,643 depois de alcançar máxima de R$ 5,682 e mínima de R$ 5,634. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,36%, cotado a R$ 5,619. O cenário também faz o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operar com avanço de 0,44%, aos 114.525 pontos. O pregão desta terça-feira, 16, fechou com queda de 0,72%, aos 114.018 pontos.

O avanço da inflação a partir do último trimestre de 2020 e o salto para 5,2% nos 12 meses encerrados em fevereiro, encostando no teto da meta de 5,25% perseguido pelo Banco Central, gera consenso entre os analistas de alta na Selic ao fim do encontro desta quarta-feira, o primeiro movimento para cima em quase seis anos. Opiniões conservadores estimam mudança dos atuais 2% — o menor valor da história —, para 2,25%, enquanto estimativas mais arrojadas enxergam a taxa dos juros básicos da economia brasileira em 2,75%. Economistas e entidades consultadas pela autoridade monetária nacional projetam a Selic a 4,5% até o fim do ano, segundo dados divulgados pelo Boletim Focus nesta segunda-feira, 15.

Já nos Estados Unidos a opinião predominante é de manutenção da taxa de juros no intervalo atual de 0% a 0,25%. Mais do que o valor, investidores aguardam pelo recado que o chefe do Banco Central norte-americano (Fed, em inglês), Jerome Powell, irá passar ao mercado. O discurso de até então manteve a promessa de congelar a taxa de juros aos níveis mínimos até 2023, tempo suficiente para a economia se recuperar dos efeitos provocados pela pandemia da Covid-19. O avanço dos indicadores mais rápido que o esperado e a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão para alívio econômico, no entanto, podem pressionar a subida dos juros antes do previsto.

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