Dólar inverte sinal e recua com reforma tributária no radar; Bolsa sobe

Câmbio encerra com queda de 0,2%, cotado a R$ 4,92; Ibovespa avança aos 127 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2021 17h33
Vladimir Solomyani/Unsplash Cédulas de dólar amontoadas Dólar mantém trajetória de alta pelo terceiro dia seguido

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro inverteram o sinal e fecharam no campo positivo nesta segunda-feira, 28, com investidores analisando o complemento da reforma tributária apresentado ao Congresso na sexta-feira, 25. Depois de passar a maior parte do dia em alta, o dólar encerrou com queda de 0,19%, a R$ 4,928. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 4,972, enquanto a mínima não passou de R$ 4,918. A divisa norte-americana fechou a semana passada com alta de 0,66%, a R$ 4,937. Já o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, encerrou com alta de 0,14%, aos 127.429 pontos. O último pregão da semana passada fechou com forte queda de 1,74%, aos 127.255 pontos.

Investidores seguem analisando a nova proposta de reforma tributária projetada pelo Ministério da Economia. O texto foca no corte do Imposto de Renda para pessoas físicas e empresas, ao mesmo tempo que prevê a recomposição com a tributação de dividendos em 20%. Esta etapa recomenda aumentar a base de isenção do IR para quem recebe salário de até R$ 2,5 mil, ante o limite atual de R$ 1,9 mil. Já para pessoas jurídicas, o governo estima uma redução de 2,5% ao ano. Atualmente, a alíquota geral da tributação de empresas é de 15%, com um adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. Essa composição inicial será reduzida para 12,5% em 2022 e 10% a partir de 2023.

Ainda na pauta doméstica, o mercado financeiro revisou para cima as previsões de inflação e Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou a 5,97%, ante 5,90% na semana passada, e 5,31% há um mês. O número está ainda mais descolado do teto da meta de 5,25% perseguida pela autoridade monetária, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. Na semana passada, o BC estimou que a inflação encerre o ano com alta de 5,80%. Já a previsão para a retomada da economia aumentou para 5,05%, contra 5% há uma semana, e 3,96% há um mês.

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