Dólar recua com alívio de tensões em Brasília e inflação no radar; Ibovespa sobe

Mercado segue analisando a sinalização de trégua de Jair Bolsonaro e os esforços para o avanço da agenda de reformas

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2021 17h34
Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo Mão segura notas de dólar Brasil e os Estados Unidos firmaram acordo e prometeram reduzir barreiras não tarifárias no comércio bilateral

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam esta segunda-feira, 13, no campo positivo com o alívio na tensão entre os Poderes e a despeito do aumento das expectativas para a inflação e a taxa de juros. O dólar encerrou o dia com queda de 0,83%, cotado a R$ 5,224. O câmbio chegou a atingir a máxima de R$ 5,241, enquanto a mínima não passou de R$ 5,202. A divisa norte-americana encerrou a sexta-feira, 10, com avanço de R$ 0,76%, a R$ 5,267. Seguindo o otimismo nos Estados Unidos, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com avanço de 1,85%, aos 116.403 pontos. O último pregão da semana passada encerrou com recuo de 0,93%, aos 114.285 pontos.

Investidores seguem analisando os desdobramentos em Brasília após o arrefecimento das tensões entre os Poderes. O mercado acompanha os impactos que a sinalização de trégua de Jair Bolsonaro (sem partido) terá sobre as pautas econômicas, como a reforma do Imposto de Renda e a solução para o pagamento dos precatórios previstos para 2022. Grupos contrários ao governo realizaram uma série de manifestações neste domingo, 12, em diversas capitais do país. Apesar de concentrar representantes de diferentes espectros políticos, os atos foram menores que os convocados por apoiadores do presidente no feriado de 7 de Setembro.

Também está no radar o aumento das expectativas de alta da inflação e da taxa básica de juros, enquanto as estimativas com a recuperação da economia foram revisadas para baixo. Dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira apontaram que as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial da inflação, foram alteradas para 8% até o fim deste ano, e 4,03% em 2022. As estimativas com a Selic também subiram para 8% ao ano em 2021 e 2022. A pesquisa ainda mostrou o recuo nas expectativas do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a previsão foi rebaixada para avanço de 5,04%, enquanto para o ano que vem, a mediana indicou alta de 1,72%.

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