Dólar recua com aprovação de PEC que limita custo do auxílio; Bolsa sobe

Texto passou pelo Senado com teto de R$ 44 bilhões para a volta do benefício; proposta deve ser votada na Câmara na próxima semana

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 18h26
JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada

Os indicadores do mercado financeiro voltaram ao campo positivo nesta quinta-feira, 4, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial pelo Senado e a confirmação de que o governo federal irá adquirir vacinas da Pfizer contra a Covid-19. O dólar fechou com queda de 0,10%, a R$ 5,658. A moeda chegou ao teto de R$ 5,684, enquanto a mínima não passou de R$ 5,545. O dólar fechou a véspera com queda 0,03%, cotado a R$ 5,664. Apesar do cenário negativo com quedas nas principais Bolsas dos Estados Unidos e Europa, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia com avanço de 1,35%, aos 112.690 pontos. O pregão desta quarta-feira, 3, fechou com recuo de 0,32%, somando 111.183 pontos.

O Senado aprovou nesta manhã, por 62 votos a 14, a PEC Emergencial, em votação em segundo turno. A proposta, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), abre espaço para o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial – a matéria autoriza o governo federal a contrair um empréstimo de R$ 44 bilhões para pagar o benefício. O texto foi aprovado em primeiro turno, na noite da quarta-feira, por 62 votos a 16. Todos os destaques que poderiam alterar o conteúdo da matéria foram rejeitados, incluindo um do Partido dos Trabalhadores (PT), que definia em R$ 600 o valor do benefício. O texto prevê medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos da União à inflação do ano anterior e a retomada do benefício assistencial. Agora, a matéria segue para a análise da Câmara dos Deputados, onde tramitará com regime de urgência, segundo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A previsão é que o texto entre na pauta na próxima quarta-feira, 10.

Ainda no noticiário doméstico, investidores analisaram positivamente a compra dos imunizantes da Pfizer e da Janssen pelo governo federal. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o governo federal adquiriu imunizantes da Pfizer e que “no mês que vem, não sei a quantidade, mas vai chegar já alguns milhões no Brasil.” Segundo apurou a Jovem Pan, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu exclusividade na venda de vacinas para a União. O governo federal pretende adquirir 138 milhões de doses – deste montante, seriam 100 milhões da Pfizer e outros 38 milhões da vacina da Janssen, de dose única. Ainda segundo um assessor do ministro, a expectativa é que o contrato com as duas farmacêuticas seja assinado na próxima semana. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas da Pfizer e BioNTech devem chegar ao Brasil a partir do segundo trimestre de 2021. A pasta também afirma que o avanço nas negociações com as duas farmacêuticas se deve à aprovação do projeto de lei que facilita a compra de vacinas contra a Covid-19 pelos governos federal, estaduais e municipais.

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