Dólar recua com cenário externo e leilão do BC; Ibovespa mantém 110 mil pontos

Após euforia na última semana, investidores voltam atenção para aumento de casos nos EUA e Europa

  • 30/11/2020 11h36
Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo Mão segura notas de dólar Brasil e os Estados Unidos firmaram acordo e prometeram reduzir barreiras não tarifárias no comércio bilateral

O dólar opera em baixa nesta segunda-feira, 30, com investidores atentos ao cenário externo e ao movimento do Banco Central (BC) para o leilão de swap cambial tradicional. Às 11h30, a moeda norte-americana recuava 0,23%, cotada a R$ 5,313. Na mínima, a divisa chegou a R$ 5,276, enquanto a máxima não passou de R$ 5,342. O dólar caminha para fechar novembro em baixa, após sucessivas altas registradas nos últimos meses. A moeda encerrou a semana passada com queda de 1,1%, enquanto o mês soma queda de 7,2%. Apesar da recente calmaria, o constante avanço da moeda nos meses anteriores faz o dólar acumular alta de 32,7% desde o primeiro dia de negociações em janeiro. Seguindo o freio nos mercados internacionais, a Bolsa de Valores brasileira também opera em ritmo fraco. O Ibovespa, principal índice da B3, recuava 0,25%, aos 110.294 pontos.

Após o clima de euforia registrado na semana passada com o início na transição de poder na Casa Branca e divulgação de avanços na descoberta da vacina contra o novo coronavírus, os mercados voltam a colocar no radar o crescimento da pandemia nos Estados Unidos e partes da Europa. Investidores também acompanham com atenção o pedido de autorização do laboratório Moderna ao FDA (a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA) para a aplicação emergencial do seu imunizante no país. No domingo, o jornal Financial Times noticiou que o Reino Unido pode aprovar nos próximos dias a vacinação da vacina desenvolvida pela Pfizer, em parceria com a BioNTech.

No cenário interno, os investidores reagem ao leilão de swap cambial tradicional promovido pelo Banco Central, com vencimento em 4 de janeiro. O mercado também espera pela retomada das pautas estruturantes encaminhadas pelo Ministério da Economia para aprovação do Congresso. Com o fim dos pleitos municipais neste domingo, 29, a expectativa é que avancem os debates sobre o Orçamento para 2021 e as PECs para o controle do teto de gastos, além das reformas tributária e administrativa. O mercado financeiro elevou novamente as projeções para a inflação em 2020, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda. Os economistas consultados pelo BC esperam alta de 3,54% para o IPCA, ante alta de 3,45% na semana passada. Há quatro semanas, a alta estimada era de 3,02%. Os analistas também revisaram a redução da queda para o Produto Interno Bruno (PIB) em 2020. A nova estimativa é de recuo de 4,50% para a economia neste ano, frente a 4,55% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção de queda era de 4,81%.

 

 

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