Dólar recua com cenário internacional e agenda de reformas; Ibovespa sobe
Câmbio encerra a R$ 5,31 após BC dos EUA reafirmar que não deve mudar políticas de estímulo; Bolsa volta aos 123 mil pontos
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quarta-feira, 26, com o alívio internacional após dirigentes do Banco Central dos Estados Unido (Fed) reafirmarem que a alta inflacionária é temporária e que não deve impactar em mudanças na política de estímulos. No noticiário local, investidores seguiram analisando a aprovação do texto que viabiliza a reforma administrativa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O dólar fechou com queda de 0,45%, cotado a R$ 5,313 depois de alcançar a máxima de R$ 5,342 e a mínima de R$ 5,288. O câmbio encerrou a véspera com alta de 0,23%, aos R$ 5,337. Seguindo o bom humor dos mercados internacionais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou o dia com alta de 0,81%, aos 123.989 pontos. O pregão desta terça-feira, 25, fechou com que 0,84%, aos 122.987 pontos.
O vice-presidente do Fed, Richard Clarida, reforçou o discurso de que a alta da inflação norte-americana em abril é encarada como algo passageiro e que a autoridade monetária continuará com a agenda de estímulos. O recado trouxe mais calma aos mercados globais após a onda de temor pela possível redução de ações, como a compra de títulos públicos e a manutenção da taxa de juros em níveis mínimos. “No geral, o mercado continua de olho na inflação, após dados acima do esperado nos EUA em abril, e outros gatilhos que possam estimular a retirada de estímulos antes do esperado, como dados de desemprego no país. Por isso, ajudam a sustentar altas das bolsas falas como a de Richard Clarida ontem, de que o Fed pode conter um surto de inflação sem prejudicar a recuperação econômica”, afirma Paula Zogbi , analista da Rico Investimentos.
No cenário doméstico, o bom humor foi reforçado pela aprovação na CCJ do texto que abre caminho para a reforma administrativa. A versão do relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC), foi considerada constitucional pelo colegiado e segue para uma comissão especial formada por deputados e senadores. O grupo, que ainda não foi oficializado, terá 40 sessões para debater a medidas e sugerir novos ajustes antes de encaminhar a pauta para votação no plenário. Já na agenda de índices, o Brasil criou 121 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. Apesar do número vir abaixo do mês passado, ele representa o quarto mês seguido de saldo positivo.
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