Dólar sobe com CPI da Covid-19 e Orçamento; Bolsa retoma os 118 mil pontos

Mercado acompanha movimentos em Brasília para a abertura de investigação para apurar atuação do governo no combate ao novo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2021 12h33 - Atualizado em 12/04/2021 19h13
FERNANDA LUZ/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Mão segura notas de dólar Dólar recua com mercados analisando impactos da inflação nos EUA

O mercado financeiro brasileiro opera nesta segunda-feira, 12, com investidores atentos aos movimentos em Brasília para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 pelo Senado e os entraves para sanção do Orçamento de 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Por volta das 12h30, o dólar avançava 0,35%, a R$ 5,695 depois de bater máxima de R$ 5,702 e mínima de R$ 5,632. O câmbio fechou a semana passada com alta de 1,8%, cotado a R$ 5,674. Apesar do recuo das Bolsas internacionais após fortes altas na semana passada, o Ibovespa, referência da B3, opera com alta de 0,61%, aos 118.417 pontos. O pregão de sexta-feira, 9, fechou com queda de 0,54%, aos 117.669 pontos.

No cenário doméstico, o mercado acompanha o desenrolar da instalação da CPI para investigar a atuação do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quinta-feira, 8, que o Senado instale a comissão. O Supremo se reunirá nesta quarta-feira, 14, para debater o texto em plenário. Apesar de não apoiar a medida, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que irá cumprir a decisão. A expectativa é que o texto que da CPI seja lido em sessão desta terça-feira, 13. Investidores também analisam os desdobramentos para a sanção do Orçamento de 2021 por Bolsonaro, após uma série de entraves entre o Ministério da Economia e o Congresso. O chefe da equipe econômica, Paulo Guedes, minimizou o clima de tensão na semana passada ao afirmar que os problemas são temporários e que serão corrigidos.

O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira mostra maior pessimismo do mercado com a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, ao mesmo tempo que foram renovadas as expectativas de alta para a inflação, dólar e Selic. Segundo fontes consultadas pelo BC, a economia deve avançar 3,08% neste ano. Há uma semana, a previsão apontava alta de 3,17%. Já para a inflação, o mercado estima alta de 4,85%, contra previsão de 4,81% há uma semana. O aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fez com que as previsões com a Selic subissem para 5,25% ao ano, ante estimativa de 5% há uma semana. Já o câmbio passa a ser visto a R$ 5,37 ao fim de 2021, contra estimativa de R$ 5,35 na semana passada.

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