Dólar sobe para R$ 5,37 e fecha na maior cotação desde maio
Aumento de 1,99% fez com que a moeda atingisse seu maior patamar nos últimos três meses; Ibovespa registrou terceira queda seguida e atingiu menor nível desde abril
Em meio a percepção de forte deterioração da credibilidade fiscal do governo Jair Bolsonaro, o dólar fechou esta quarta-feira, 18, em alta de 1,99%, cotado a R$ 5,37, maior patamar desde maio. O desconforto com as contas públicas fez a moeda norte-americana operar em alta firme já pela manhã, alcançando a casa de R$ 5,35. O movimento era acentuado pelo tombo das commodities no mercado internacional, diante da probabilidade de a China cortar drasticamente a produção de aço. Durante a tarde, houve um alívio, e a moeda passou a ser negociada na casa de R$ 5,33. Entretanto, no fim do dia, o dólar registrou uma nova alta, e fechou em R$ 5,375. Esta também foi a maior alta desde o dia 30 de julho deste ano, quando a moeda americana subiu 2,573%. Já o patamar atingido hoje foi o maior desde o dia 4 de maio de 2021, quando a moeda chegou ao valor de R$ 5,43. Com a alta desta quarta, o dólar soma uma alta de 3,17% em agosto, tendo iniciado o mês a R$ 5,20. O cenário poderia ser pior caso a moeda não tivesse registrado um pequeno recuo de 0,20% nesta terça-feira, 17.
Ao longo do dia, o Ibovespa parecia se desconectar da pressão sobre o câmbio e do exterior ruim, além da persistência dos receios sobre o político e o fiscal, para interromper sequência negativa que havia consumido mais de três mil pontos nas duas sessões anteriores, retomando nesta quarta, ainda que de passagem, o nível de 118 mil pontos. Em dia de vencimento de opções sobre o índice, que costuma envolver a tradicional disputa entre comprados e vendidos, o índice à vista acabou se firmando em queda de 1,07%, a 116.642,62 pontos no fechamento, menor nível desde 1º de abril. Assim, emendou nesta quarta a terceira perda, entre mínima de 116.488,72 e máxima de 118.738,54 pontos, vindo de abertura aos 117.903,81 pontos. No ano, acumula baixa de 2,00% após a recente correção, que coloca agora as perdas da semana a 3,76% e as do mês a 4,23%, acima das de julho (-3,94%).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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