Dólar vai a R$ 5,04 com cenário político; Bolsa recua aos 125 mil pontos
Tensões em Brasília se sobressaem ao clima internacional positivo e pressionam o humor dos investidores
As tensões políticas em Brasília empurraram os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro para o campo negativo nesta quinta-feira, 1º, a despeito do clima positivo no cenário internacional. As pressões internas fizeram o dólar fechar o dia acima de R$ 5 pela primeira vez desde o dia 21 de junho. O câmbio encerrou com avanço de 1,45%, cotado a R$ 5,045 depois de alcançar a máxima de R$ 5,051 e a mínima de R$ 4,948. A divisa norte-americana fechou a véspera com alta de 0,63%, a R$ 4,973. O Ibovespa, referência da B3, encerrou com recuo de 0,90%, aos 125.666 pontos. Este é o pior resultado desde 28 de maio, quando o principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou aos 125.561 pontos. O pregão desta quarta-feira, 30, fechou com retração de 0,41%, aos 126.801 pontos.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouviu Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply e denunciou um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca para fechar contrato com o Ministério da Saúde. Ainda na pauta doméstica, o Ministério da Economia divulgou que o mercado de trabalho em maio encerrou com o saldo de 280 mil vagas formais criadas a mais do que fechadas. Este foi o quinto mês seguido de diferença positiva na fomentação de empregos com carteira assinada. No acumulado do ano, o saldo é positivo em mais de 1,2 milhão de postos de trabalho. A balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre com superávit de US$ 37,5 bilhões, o melhor desempenho desde o início da série histórica, há 32 anos.
No cenário internacional, investidores deixaram um pouco de lado os temores com a disseminação da variante Delta do novo coronavírus enquanto analisaram resultados positivos na retomada econômica nos Estados Unidos e na Europa. O Departamento do Trabalho norte-americano divulgou hoje que 364 mil pedidos de seguro-desemprego foram solicitados na semana passada, abaixo das previsões do mercado e o menor número desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. Já do outro lado do Atlântico, dados do PMI mostram a recuperação das atividades econômicas no Reino Unido e na Zona do Euro.
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