Dólar vai a R$ 5,57 com Auxílio Brasil fora do teto de gastos; Bolsa cai mais de 2%
Governo estuda tirar R$ 30 bilhões da regra fiscal para elevar parcelas do novo Bolsa Família a R$ 400
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta terça-feira, 19, após a divulgação de que o Auxílio Brasil terá parte do valor fora do teto de gastos. Por volta das 12h10, o dólar registrava alta de 0,66% ante o real, cotado a R$ 5,557. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,574, enquanto a mínima não passou de R$ 5,535. A divisa norte-americana encerrou a véspera com alta de 1,21%, a R$ 5,521. Indo na contramão dos principais mercados globais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, registrava queda de 2,5%, aos 111.584 pontos. O índice encerrou na segunda-feira, 18, com leve queda de 0,2%, aos 114.028 pontos.
Ainda na pauta doméstica, a Câmara dos Deputados deve votar nesta tarde a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Se for aprovado, a medida ainda precisa passar pelo plenário, onde tem que somar 308 votos em dois turnos, antes de seguir para o Senado. O relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), apresentou parecer favorável ao texto que visa alterar as regras de pagamento das dívidas da União que não possuem mais recurso na Justiça. O relatório prevê o limite de R$ 40 bilhões para o pagamento anual dos precatórios, com base no valor cobrado em 2016, ano de criação do teto de gastos, corrigido pela inflação. Também está no radar dos investidores as falas do relator da reforma do Imposto de Renda, senador Angelo Coronel (PSD-BA), sobre a retirada da tributação de lucros e dividendos do texto final. A versão aprovada pela Câmara determinava a taxação de 15% em cima dos valores.
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