Dólar vai a R$ 5,60 com PEC dos Precatórios no radar; Bolsa sobe

Investidores acompanham tratativas para aprovação do texto no Senado e os impactos nas contas públicas

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2021 18h43
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Rick Wilking/Reuters cédulas de dólar espalhadas Câmbio inverteu sinal e passou a subir com dados da inflação e varejo

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam em alta nesta terça-feira, 23, com as tratativas para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no radar dos investidores. O dólar encerrou com valorização de 0,27%, cotado a R$ 5,609. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,663, enquanto a mínima não passou de R$ 5,598. A divisa norte-americana fechou a véspera com queda de 0,27%, cotada a R$ 5,593. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou o dia com avanço de 1,5 %, aos 103.653 pontos. O pregão desta segunda-feira, 22, encerrou com queda de 0,55%, aos 102.470 pontos — o pior patamar em mais de um ano.

O mercado seguiu acompanhando os desdobramentos da PEC dos Precatórios no Senado após uma série de negociações para garantir a aprovação da medida. O texto deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira, 24, antes de ser levado ao Plenário. Caso sofra alterações, os deputados devem votar novamente. Em audiência no Senado nesta segunda-feira, 22, o secretário especial do Tesouro, Esteves Colnago, afirmou que o texto deve abrir R$ 106 bilhões para gastos do governo em 2022 — ano eleitoral —, ante a projeção da liberação de R$ 91 bilhões feita anteriormente. Apesar na expansão dos gastos após a revisão da inflação, Colnago disse que a maior parte do valor já está empenhado para despesas, como benefícios vinculados ao salário mínimo e elevação de despesas obrigatórias, além do reforço para levar o Auxílio Brasil a R$ 400 durante. O espaço apertado gera dificuldades para o cumprimento de outras promessas de Jair Bolsonaro (sem partido), como o auxílio de R$ 400 para caminhoneiros e o reajuste salarial para servidores públicos federais, o que leva ao temor de aumento dos gastos.

 

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