Dyogo: saques de contas inativas do FGTS ajudaram a dar “certo alento” ao varejo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/08/2017 17h44
Brasília - O ministro interino do Planejamento, Dyogo de Oliveira, em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil Durante o evento, onde fez uma apresentação sobre perspectivas para a economia brasileira, o ministro traçou um cenário de recuperação lenta, mas sustentável, do Produto Interno Bruto (PIB)

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avaliou nesta segunda-feira, 7, que os saques de mais de R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajudaram a dar “certo alento” ao varejo. Durante debate promovido na zona sul da capital paulista pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, o ministro disse ver espaço para as famílias voltarem a consumir, citando também como justificativa a seu otimismo a reação nas concessões de crédito e a volta da geração de postos de trabalho.

Ele afirmou que a melhora na disponibilidade de crédito ainda não se percebe nos empréstimos às empresas, mas adiantou que o governo tentará contornar isso com o lançamento, previsto para os próximos meses, de uma linha especial de capital de giro do BNDES a pequenas companhias.

Durante o evento, onde fez uma apresentação sobre perspectivas para a economia brasileira, o ministro traçou um cenário de recuperação lenta, mas sustentável, do Produto Interno Bruto (PIB). Comentou que, com a inflação inferior ao centro da meta, os juros devem permanecer por “muitos anos” abaixo das taxas do passado.

Citando previsões do mercado, Dyogo afirmou que o PIB deve fechar 2017 com crescimento próximo de 0,3%. O ministro, que é economista de formação, considerou, no entanto, que após o crescimento de 1% de janeiro a março, a atividade econômica deve ficar perto da neutralidade – ou seja, próxima ao zero – no segundo trimestre, tendo em vista os indicadores mistos da economia.

Apesar da recuperação modesta prevista para o ano, Dyogo considerou que o Brasil deixou a recessão para trás e engatou um novo ciclo de crescimento, que deve se estender “por muito tempo”. Esse crescimento não tem gerado, contudo, aumento de receitas ao governo, observou.

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