Fundos de investimento: Saiba como escolher a equipe mais adequada ao seu perfil e escapar das armadilhas do mercado

Para encontrar o produto certo, não basta apenas olhar o retorno em determinado ano; confira as dicas do Banco Safra

  • Por Conteúdo Patrocinado
  • 27/07/2021 16h20
@our-team/freepik Uma mesa com uma calculadora, papéis com gráficos e um notebook (também com gráficos; uma mão segura uma caneta e a outra aponta para o computador Antes de avaliar qualquer gráfico, é fundamental entender a proposta de gestão de um fundo

Por contar com um time especializado e dedicado integralmente à gestão de recursos, fundos de investimento são veículos importantes para a preservação e ampliação de patrimônio no médio e longo prazo. Muitos investidores, no entanto, podem ter dificuldades para avaliar a qualidade dos fundos disponíveis no mercado. Um hábito comum é observar o histórico de rentabilidade na hora de tomar as decisões. Isso até pode ajudar a entender se determinado fundo consegue acompanhar ou bater suas referências, como CDI e Ibovespa. Entretanto, ao se limitar a essa métrica, o investidor poderá cometer alguns equívocos. Isso porque a rentabilidade em poucos recortes de tempo pode esconder informações importantes sobre o comportamento desses produtos. O Banco Safra conta com uma equipe especializada em montar carteiras diversificadas a partir de uma seleção rigorosa de fundos de investimento. Para mostrar que há diferentes métricas, que permitem medir com mais efetividade as características de cada fundo, explicamos abaixo três informações importantes de serem acompanhadas quando se opta por um fundo de investimento.

Conheça a estratégia do fundo

Antes de avaliar qualquer número, os especialistas do Safra lembram que é fundamental entender a proposta de gestão de um fundo. Dentro de uma mesma categoria, pode-se encontrar características bastante diferentes e que poderão exercer funções específicas nas carteiras de investimentos. Para diversificar seu portfólio e evitar surpresas, o investidor deverá levar em conta as informações que os gestores fornecem sobre as estratégias adotadas. Dentro da categoria de renda fixa, por exemplo, é possível aplicar em:

  • Fundos DI, que oscilam pouco, pois investem em títulos públicos de curto prazo e, por isso, costumam abrigar a reserva de emergência dos investidores;
  • Fundos de crédito privado, que negociam principalmente títulos como debêntures e letras financeiras, buscando uma rentabilidade extra na renda fixa, mas prevendo mais volatilidade;
  • Fundos de inflação, cuja função principal é proteger o investidor contra o avanço dos preços, prevendo também volatilidade.

Já entre os fundos multimercado, a diversidade de estratégias é grande e há propostas significativamente diferentes. Entre os principais estão os:

  • Fundos macro, os mais tradicionais da categoria, que podem investir, no Brasil e no exterior, nos mercados de ações, juros, câmbio e commodities. São fundos capazes de capturar retornos em cenários variados;
  • Fundos quantitativos, que também operam em diversos mercados. A principal diferença é a ênfase em modelos matemáticos e estruturas tecnológicas que permitem operações com extrema velocidade e utilizando enormes bases de dados;
  • Fundos long & short, que investem na Bolsa de Valores, mas com volatilidade bem mais reduzida do que os fundos de ações tradicionais. Isso porque o patrimônio desses fundos é dividido entre uma parte “comprada”, que lucra com a alta dos ativos, e outra parte “vendida”, de tamanho parecido, que ganha com a queda dos papéis. São fundos que usualmente buscam bater o CDI e têm baixa correlação com o resto do mercado. Ou seja, são menos afetados pelo sobe e desce da Bolsa.

Há ainda boas opções de gestão ativa no mercado de ações que vêm conseguindo entregar retornos acima do Ibovespa. Mas também há diferenças importantes entre esses fundos.

  • Fundos long only, chamados assim porque operam “apenas comprados” nos papéis que selecionam. Há diversas abordagens, desde fundos com foco em empresas que são boas pagadoras de dividendos até aqueles que procuram empresas relativamente pequenas, mas com grande potencial de crescimento.
  • Fundos long biased, por sua vez, podem ficar com parte do patrimônio “vendida” nas ações. Assim, a gestão pode buscar suavizar a volatilidade do mercado, se posicionando de acordo com os cenários projetados.
  • Fundos de ações internacionais, que buscam oportunidades em empresas estrangeiras. São boas opções para diminuir a exposição dos investimentos à economia brasileira. No entanto, ao investir neles, é importante saber se há proteção cambial. Se não houver, é como se o investidor estivesse comprando dólares, além das ações das companhias, fazendo com que o desempenho da moeda também afete a rentabilidade.

Janelas móveis trazem visões mais completas

Comparar a rentabilidade dos fundos em certo ano é uma prática comum na hora de escolher onde investir. O problema é que, ao fazer isso, o investidor está avaliando apenas poucas janelas de tempo, definidas arbitrariamente. Um fundo com um bom retorno em determinado ano fechado pode não ter registrado um desempenho tão bom se deslocarmos o período analisado. Para evitar isso, é melhor utilizar janelas móveis para analisar o histórico de retorno de um fundo. Assim, o investidor pode observar mais informações de rentabilidade e reduzir o ruído de efeitos esporádicos na análise.

Veja o gráfico acima com a janela móvel de 24 meses do índice IHFA, que mede o desempenho de uma cesta de fundos multimercado. É possível ter ideia de quanto o investidor teria de retorno em cada dia, após manter seus recursos investidos por dois anos, um horizonte de investimento razoável nessa classe.

Drawdown ajuda a entender o risco de mercado

O drawdown dá a dimensão do tamanho dos tombos já registrados por um fundo, assim como o tempo que ele levou para se recuperar dessas quedas. No caso do máximo drawdown, trata-se do tamanho do recuo partindo do valor máximo da cota até o valor mínimo durante certo período. É uma métrica muito útil para que o investidor entenda de maneira mais concreta o risco envolvido em alguns produtos e decida se está disposto ou não a fazer a aplicação. Ao observar, por exemplo, o gráfico de drawdown do IHFA, fica claro que, desde 2018, a sua pior queda superou 11% (no auge da crise de coronavírus nos mercados) e que o índice levou em torno de quatro meses para zerar essa perda.

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