Governo Lula defende Pix em investigação comercial dos EUA: ‘O Pix é nosso, my friend’

Principal preocupação do mandatário brasileiro é evitar que insegurança se instale entre usuários do sistema de pagamentos, avaliado como uma possível prática desleal no setor de serviços eletrônicos

  • Por da Redação
  • 16/07/2025 14h36 - Atualizado em 16/07/2025 18h02
  • BlueSky
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Empresas devem ativar um convênio com o BB, para usar o Pix Automático Pix é usado por 76,4%, segundo pesquisa revelada pelo Banco Central em 2024

O governo brasileiro deu início à análise de uma investigação comercial que foi instaurada pela administração Trump. Essa investigação inclui o sistema de pagamentos Pix, que está sendo avaliado como uma possível prática desleal no setor de serviços eletrônicos. A administração atual busca reafirmar a solidez da forma de pagamento, garantindo que não haverá mudanças em sua operação devido a pressões externas.

A preocupação central do governo é evitar que a insegurança se instale entre os usuários do Pix, especialmente após episódios anteriores em que informações falsas sobre taxação circularam, causando confusão. Integrantes da equipe de Lula argumentam que os fundamentos técnicos da investigação são questionáveis e a consideram uma estratégia para forçar o Brasil a entrar em negociações.

O perfil oficial do governo postou uma imagem com a frase “O Pix é nosso, my friend” e na legenda escreveu: “O PIX é do Brasil e dos brasileiros”. “Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema seguro, sigiloso e sem taxas. Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do Pix, que já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?”, escreveu.

 
Ver esta publicação no Instagram
  Uma publicação partilhada por Governo do Brasil (@govbr)

Desde 1974, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) já iniciou aproximadamente 130 investigações sob a Seção 301, mas apenas uma fração delas resultou em tarifas. A atual investigação examina uma variedade de práticas relacionadas ao comércio eletrônico, incluindo taxas de importação, questões tecnológicas, desmatamento e direitos de propriedade intelectual.

O documento que embasa a investigação critica a famosa rua 25 de Março, em São Paulo, por ser um mercado de produtos falsificados e aponta deficiências na proteção dos direitos autorais, o que, segundo a análise, prejudica trabalhadores nos Estados Unidos. Essa situação levanta preocupações sobre possíveis repercussões negativas para a economia brasileira.

Além disso, a investigação pode acarretar riscos de novas sanções comerciais. A administração Trump já havia solicitado ao USTR que iniciasse um procedimento contra o Brasil, utilizando a Seção 301, que permite a imposição de retaliações em resposta a práticas comerciais que sejam consideradas injustas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.