Governo projeta novas medidas para a retomada do emprego em 2021

Iniciativas incluem tornar programa de flexibilização de salários em medida permanente e projeto para a inclusão dos mais jovens no mercado de trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2021 15h37
Pedro Ventura/Agência Brasília Carteira de trabalho em primeiro plano e imagem de pessoas desfocadas ao fundo Dados da FGV mostram quinto aumento seguido do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp)

O governo federal projeta novos programas para impulsionar a retomada do emprego em 2021, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira, 1º. O mercado de trabalho encerrou maio com o saldo de 280 mil postos trabalho formal criados, o quinto mês seguido de resultados positivos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desde o início do ano, a diferença é positiva em 1,2 milhão de vagas. “O ritmo está bastante rápido, e esperamos que as demais medidas que estamos tomando venham acelerar esse processo”, afirmou o ministro. As propostas desenhadas pela equipe econômica incluem tornar permanente a medida que permite a flexibilização de salários do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e uma ação junto com a inciativa privada para fomentar a empregabilidade entre as novas gerações.

O programa para a inclusão dos jovens no mercado do trabalho voltou a ser citado como uma das prioridades da pasta para os próximos meses. O projeto é divido entre o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), custeado pela União, e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), pago pela iniciativa privada. O governo prevê a distribuição de R$ 500 a R$ 600 por mês para que os beneficiados façam cursos profissionalizantes ou sejam integrados em programas de treinamento dentro das próprias empresas participantes. A primeira etapa do projeto vai abranger dois milhões de brasileiros, com idade entre 18 e 28 anos. Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o governo federal já tem o orçamento para lançar a medida ainda em 2021. “Estamos depurando e fechando com todos os atores da economia e de toda a Esplanada para que possamos divulgar isso tão logo tenhamos algo definitivo. Isso é rápido”, afirmou.

Outro projeto prevê a transformação do BEm em algo permanente. Sem apresentar muitos detalhes, a medida foi classificada por Guedes como um “seguro-emprego”. O termo já havia sido exposto pelo chefe da equipe econômica em março. À época, o ministro afirmou que o projeto iria permitir que o governo contemplasse o salário de funcionários para que eles não fossem demitidos. O BEm é apontado pelos técnicos do ministério como uma das iniciativas mais bem-sucedidas para o combate da crise financeira em meio à pandemia do novo coronavírus. A medida foi reeditada em abril, com prazo para ser encerrada em julho. De acordo com Bianco, o atual cenário de recuperação de emprego, a expectativa com a vacinação e as novas iniciativas projetadas pelo ministério afastam a possibilidade do programa ser prorrogado. “Tudo indica que com esse casamento de uma política muito bem-sucedida de vacinação com essa retomada que estamos vendo com os dados do Caged e as novas políticas que virão no pós-pandemia, temos tudo para dizer que o BEm não haverá de ser prorrogado.”

 

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