Governo tem superávit de R$ 16,5 bi em abril com arrecadação recorde

Dados do Tesouro Nacional mostram saldo positivo de R$ 41 bilhões nos quatro primeiros meses de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2021 15h18
Pixabay/Creative Commons Cédulas de real dispostas sobre superfície branca Teto de gastos com possibilidade de aumento real da expansão de gasto público foi apresentado pelo Tesouro Nacional

As contas do governo central — que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central (BC) e a Receita Federal —, registraram superávit de R$ 16,5 bilhões em abril, ante déficit de R$ 93 bilhões no mesmo mês em 2020, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 27, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O resultado veio acima do déficit de R$ 20 bilhões esperado pelo mercado, segundo o relatório Prisma Fiscal do Ministério da Economia. O superávit acontece quando as receitas superam o valor das despesas, ou seja a diferença entre o que entrou e saiu do caixa. O Tesouro Nacional e o Banco Central registraram superávit de R$ 35,2 bilhões, enquanto a Receita Federal ficou no vermelho em R$ 18,7 bilhões. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que o resultado é reflexo da “arrecadação extraordinária” no mês passado. Em abril, a Receita Federal registrou alta de 45,2% na arrecadação de impostos, o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, há 26 anos. No acumulado do ano, as contas do governo central fecharam com saldo positivo de R$ 41 bilhões, contra déficit de R$ 95,6 bilhões entre janeiro e abril de 2020. O resultado é composto pelo superávit de R$ 116,8 bilhões do Tesouro e do BC, e pelo déficit de R$ 75,8 bilhões da Previdência. A arrecadação de impostos no período registrou alta de 13,6%, também o melhor resultado da série história do Fisco.

O Tesouro Nacional também citou o a “percepção de um ambiente econômico mais robusto do que o inicialmente projetado” e a adoção de medidas de combate à pandemia que não comprometeram o controle das contas públicos, além do fortalecimento do arcabouço fiscal depois da aprovação da PEC Emergencial, como influências positivas nas condições financeiras. “A retomada da confiança dos agentes econômicos e a melhora das condições financeiras permitem a retomada da economia brasileira após o forte choque negativo provocado pela pandemia de Covid-19”, afirmaram os técnicos da equipe econômica. “A manutenção desta recuperação requer a continuidade do protocolo adotado pela política fiscal em 2020 e em 2021, com as medidas emergenciais sendo tratadas como exceções por meio de cláusulas de escape das regras fiscais e as despesas permanentes respeitando as regras fiscais compatíveis com o período de normalidade.”

 

 

 

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