Governo vende 5 de 92 blocos ofertados em leilão para exploração de petróleo e gás
Das nove empresas participantes, apenas Shell e Ecopetrol entregaram envelopes com propostas; áreas próximas de reservas ambientais não atraem interessados
O leilão do governo federal para a exploração de petróleo e gás na costa brasileira encerou nesta quinta-feira, 7, com a venda de apenas 5 dos 92 blocos ofertados. A 17ª rodada de licitações promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) abrangia 54 mil quilômetros quadrados de exploração, distribuídos por 11 setores nas bacias de Santos, Pelotas, Potiguar e Campos. Das nove empresas participantes, apenas a Shell e a Ecopetrol entregaram envelopes com propostas. A Shell levou quatro blocos, e formou parceria com a Ecopetrol para arrematar o quinto. Todos os blocos integram dois setores da bacia de Santos. Ao todo, foram arrecadados mais de R$ 37,1 milhões em bônus, com investimento previso de R$ 136,3 milhões. Áreas de exploração próximas de reservas ambientais, como o arquipélago de Fernando de Noronha, não atraíram interessados.
Apesar do baixo interesse das participantes, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, classificou o leilão como um sucesso. “Importante lembrarmos que essa rodada teve foco nas novas fronteiras exploratórias, ou seja, áreas com muito risco exploratório para empresas, risco de perfurarem e não encontrarem acumulações de petróleo cuja produção seja viável”, disse. Saboia também citou o contexto desafiador que a indústria extrativa de petróleo atravessa no momento. “Por tudo isso não havia, e nem poderia haver, expectativa de que todos os blocos fossem arrematados. Cada bloco arrematado em uma nova fronteira é uma grande vitória, pois além de novos investimentos que vão ser realizados, representa a abertura de novas possibilidades para futuras licitações.”
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