Guedes fala em reforma tributária ‘neutra’ e diz que precatórios inviabilizam o Orçamento 2022

Durante evento realizado nesta sexta-feira, 3, o ministro da Economia disse que busca uma solução com o Legislativo e o Judiciário; ele também vislumbra transformar o excesso de arredação em redução de impostos

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2021 20h43 - Atualizado em 03/09/2021 21h23
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Guedes durante Solenidade alusiva à Sanção da Lei de Capitalização da Eletrobrás Ministro participou de evento e falou sobre o futuro da economia do país

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu transformar o excesso de arredação em redução de impostos para a população. A declaração foi dada pelo chefe da pasta durante sua participação no evento “Scoop Day”, organizado pelo canal Traders Club. Durante sua fala, Guedes disse que sua equipe econômica está trabalhando para garantir que a reforma tributária seja neutra. “Eu queria baixar 10 pontos porcentuais do Imposto de Renda das empresas. Baixamos 8 pontos. A reforma é neutra, não é neutra? Vamos fazer uma consideração aqui. Os empresários dizem que a gente aumentou, os Estados dizem que baixamos. Não deve nem ter aumentado muito nem baixado muito, deve estar no ponto de equilíbrio. Isso quer dizer que a gente, mais ou menos, acertou a dose”, afirmou o ministro.

“Estou tentando acertar uma reforma neutra. Mas, se errar, eu prefiro errar para arrecadar um pouco menos. […] Mas não vai haver uma arrecadação menor, aí que está. Suponha que erramos o cálculo em R$ 20 bilhões na reforma. A arrecadação já subiu R$ 200 bilhões neste ano de forma imprevista. Então eu posso abrir mão de um pouco desse aumento, que aliás era nossa promessa de campanha”, afirmou o ministro. Guedes também avisou que está trabalhando para o parcelamento dos precatórios em 2022, buscando alternativas junto aos demais Poderes. “Os precatórios tornaram imprevisível e inexequível o Orçamento. Estamos tentando solução para precatórios com Legislativo (via PEC) e Judiciário (CNJ)”, afirmou o ministro.

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