IBGE prepara plano para realizar o Censo em 2022 após decisão do STF

Valor para promover a pesquisa neste ano não foi incluído no Orçamento do governo; nova data ainda não foi definida

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2021 15h49 - Atualizado em 18/05/2021 19h20
Divulgação/Agência IBGE Levantamento foi suspenso em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus Censo foi suspenso em 2020 e 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus e questões orçamentárias; após ser iniciado em 2022, teve entrega adiada para 2023

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou nesta terça-feira, 18, que prepara um plano para realizar o Censo Demográfico em 2022, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o levantamento neste ano. Em nota, a direção do órgão afirmou que o projeto descreverá as demandas de recursos necessários para a pesquisa, que ainda não tem nada definida. “A prioridade, agora, é fechar a proposta, já que há necessidade urgente de recomposição do orçamento para conclusão de etapas preparatórias essenciais ao longo de 2021”, informou. “Após a elaboração do plano de trabalho, serão retomadas reuniões com as áreas técnica, consultiva e operacional, que vão definir as melhores condições e o período adequado para realização do Censo em 2022.”

A Corte definiu que o Censo seja realizado no ano que vem ao analisar uma determinação do ministro Marco Aurélio Mello para que o Executivo adote as medidas necessárias para garantir a realização do levantamento. No despacho do ministro, em reação a um pedido de liminar feito pelo governo do Maranhão, o levantamento deveria ser feito ainda neste ano. A pesquisa, que foi realizada pela última vez em 2010, estava prevista para 2020, mas foi adiada para este ano devido à pandemia do novo coronavírus. O Ministério da Economia anunciou no fim de abril que o Orçamento de 2021 sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não previa recursos para realizar o Censo, avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Dias depois, Marco Aurélio acatou o pedido do governo do Maranhão e determinou que a pesquisa fosse realizada neste ano. Em resposta, ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a falta de verbas não era responsabilidade do governo federal, e que a exclusão do valor para a realização do levantamento foi chancelada pelo Congresso ao aprovar a peça orçamentária.

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