IPCA-15 sobe em novembro e registra maior índice desde 2015

A prévia da inflação aumentou 0,81% no mês, com destaque para a alta no grupo de alimentação e bebidas

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2020 10h22 - Atualizado em 24/11/2020 10h25
ALEX DE JESUS/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO Região de comércio em Belo Horizonte

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerada a prévia da inflação oficial, registro aumento de 0,81% no mês de novembro. O índice, divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o maior para o mês de 2015, quando o IPCA-15 foi de 0,85%, e representa alta acima das projeções do mercado financeiro, que mantinham a estimativa de 0,72% para a taxa. No ano, o índice acumula alta de 3,13%, sendo o acumulado dos últimos 12 meses de 4,22%. Para o cálculo do IPCA-15 foram considerados preços coletados de 14 de outubro a 12 de novembro deste ano, sendo comparados aos valores vigentes de 12 de setembro a 13 de outubro.

Segundo dados divulgados pelo IBGE, todos os segmento de produtos e serviços pesquisadores registram elevação em novembro, sendo que o destaque fica, novamente, para o grupo de Alimentação e bebidas, com variação de 2,16% e alta acumulada em 12,12% no ano. Entre os itens que influenciaram o aumento estão, por exemplo, carnes (4,89%), arroz (8,29%), tomate (19,89%), óleo de soja (14,85%) e a batata-inglesa, que passou de -4,39% em outubro para 33,37% em novembro. No grupo de Transportes, com alta de 1%, o principal impacto veio da gasolina (1,17%), sendo que preços de outros combustíveis, como o etanol (4,02%), o óleo diesel (0,53%) e o gás veicular (0,55%) também subiram. Entre as quedas do setor estão, por exemplo, os preços de passagens dos ônibus interestaduais (-0,52%) e dos ônibus intermunicipais (-0,40%).

No grupo de Artigos de residência (1,40%), as maiores contribuições vieram dos itens mobiliário (2,40%) e eletrodomésticos e equipamentos (2,23%), com destaque para a alta de 11,23% nos preços do ar-condicionado. Em Habitação (0,34%) o aumento da taxa de água e esgoto (0,33%) reflete os reajustes de tarifas em Belo Horizonte e Porto Alegre. Enquanto isso, a redução tarifária em Brasília, Goiânia e São Paulo impulsionaram o resultado do item energia elétrica (-0,04%). O cálculo do IPCA-15 considera famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

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